O mercado global de pranchas de surf está prestes a experimentar um crescimento explosivo nos próximos anos. Segundo um estudo da empresa de pesquisa de mercado, Technavio, a indústria de pranchas de surf deve atingir um valor de US$ 4,8 bilhões entre 2024 e 2028. As pranchinhas, em particular, estão previstas para liderar esse crescimento, especialmente nos Estados Unidos.
Impulsionado pela produção em massa e novas tecnologias que transformaram a maneira como as pranchas são compradas, o estudo destaca que o mercado está evoluindo rapidamente. “O crescimento da participação de mercado pelo segmento de shortboards será significativo durante o período previsto… O segmento de shortboards mostrou um aumento gradual na participação de mercado de US$ 3,15 bilhões em 2018”, informa o estudo.
Antes, os surfistas consultavam shapers locais, encomendavam pranchas sob medida e esperavam semanas ou até meses para recebê-las. Hoje, a compra é facilitada por uma vasta oferta de pranchas prontas de diversos materiais e designs, disponíveis imediatamente nas lojas ou online, refletindo um mercado mais diversificado.
O aumento no número de surfistas também é um fator significativo para esse crescimento. Durante a pandemia, muitos adotaram o surf como atividade de lazer, o que levou a um boom no mercado. Com mais pessoas trabalhando de casa, as praias se encheram de novos surfistas, equipados com pranchas de ponta. “Escolas de surf foram estabelecidas ao longo do litoral para incentivar e treinar novos surfistas. Além disso, cursos são projetados para aprimorar o conhecimento, habilidades e competências dos surfistas, adotando uma abordagem científica para o treinamento de surf. Esforços como esses para incentivar o surf globalmente impulsionarão o mercado durante o período de previsão, atraindo mais pessoas”, destaca a Technavio.
Outro ponto crucial é a inovação contínua no design e nos materiais das pranchas de surf. Hoje, além das tradicionais pranchas de espuma e fibra de vidro, existe uma variedade cada vez maior de materiais alternativos, como epóxi, fibra de carbono, soft-tops, madeira e pranchas assimétricas, tornando-se mais populares nas praias.
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Para os shapers, este pode ser um momento de grandes oportunidades. Com a demanda crescente e a inovação em alta, o mercado oferece um cenário promissor para aqueles que trabalham na fabricação de pranchas de surf. A adaptação a novas tecnologias e materiais pode ser a chave para capturar essa onda de crescimento.
Apesar do estudo não entrar em detalhes sobre o Brasil, focando principalmente no mercado dos Estados Unidos, com o surf se tornando um esporte olímpico e a hegemonia brasileira no Championship Tour (CT), é possível que a indústria de surf no Brasil também apresente crescimento.
