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O melhor do Hang Loose Pro Contest: Parte 2

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O Hang Loose Pro Contest 30 Anos foi realmente um campeonato especial. Durante toda a semana, muita gente que esteve nas areias da Joaca em 1986, veio a praia dessa vez trazendo os filhos para ver o show de surf que eles assistiram 30 anos atrás.

Vários que fizeram aquele campeonato histórico também trabalharam no evento esse ano, como o organizador principal de 1986, Flavio Boabaid, que atuou como diretor de prova. Outros também, como Xandi Fontes e Roberto Perdigão da WSL South America, juiz e organizador na época, além do australiano Al Hunt, Tour Manager da World Surf League desde então, bem como, é claro, o patrocinador, Álfio Lagnado (abaixo, à esquerda), da Hang Loose.

298647_656188_06podiohanglooseprophotosmorigoO norte-americano Kanoa Igarashi, 19 anos, é o campeão do histórico Hang Loose Pro Contest 30 Anos na Praia da Joaquina, em Florianópolis. Ele surfou as melhores ondas que entraram na decisão Brasil x Estados Unidos para derrotar o potiguar Jadson André, 26 anos, por 15,84 a 13,37 pontos e faturar o prêmio máximo de 25.000 dólares. 298647_656187_06kanoaigarashiusasmorigo6

A vitória no QS 6000 de Santa Catarina garantiu a permanência de Kanoa Igarashi na elite para o ano que vem e a liderança isolada no ranking da divisão de acesso. “É uma sensação incrível ganhar de novo aqui no Brasil. Foi muito parecido com o ano passado, quando precisava de um bom resultado para me classificar para o CT”, disse Kanoa, que ocupava um perigoso oitavo lugar na lista dos dez indicados pelo QS para a elite. “Gosto muito das ondas daqui, das pessoas, da comida e falo português. Eu e o Griffin (Colapinto) somos bem amigos, ficamos no mesmo quarto aqui e ele me carregou nos ombros pela praia”.

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Esta foi a segunda vez que Kanoa Igarashi confirma sua vaga no CT no Brasil. No ano passado, ele entrou na elite dos top-34 da World Surf League com a vitória conquistada no QS 6000 da Bahia, em Itacaré. O americano foi um dos destaques nas ondas da Praia da Joaquina em todos os dias que competiu, sempre conseguindo notas altas para liquidar seus adversários em Florianópolis.

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Jadson também faz parte da elite deste ano e, como Kanoa, não está conseguindo garantir sua permanência entre os 22 primeiros no ranking do CT que são mantidos na elite. Com os 4.500 pontos do vice no Hang Loose Pro Contest, o potiguar saltou da 58ª para a 22ª colocação no QS, aumentando bastante as chances de confirmar sua vaga nas duas etapas 10.000 que fecham a temporada no Havaí. Ele ainda não completou os cinco resultados que são computados, enquanto todos que estão à sua frente trocarão pontos na Tríplice Coroa Havaiana.

“Eu quero manter minha vaga no CT em Pipeline e nem estava prestando atenção no ranking do QS”, conta Jadson. “Mas é bom saber que eu subi e posso me garantir pelo QS também, porque você nunca sabe o que vai acontecer.”298647_656183_06devidsilvabrasmorigo3

Na semifinal brasileira, Jadson dominou a bateria depois de aproveitar uma boa onda no início, surfando com força e velocidade para largar na frente com nota 7,00. O paulista Deivid Silva (acima), 21, precisava passar para a final para tirar a vaga de Jessé Mendes no grupo dos dez que sobem para o CT. Ele venceu a etapa do QS 6000 de Florianópolis no ano passado, na Praia do Santinho, porém não conseguiu repetir o feito e ficou em 11º lugar no ranking, na porta de entrada do G-10. Ele está entre dois brasileiros, o último da lista, Jessé, e o catarinense Tomas Hermes em 12º.

“Com certeza, eu gostaria de estar na final, mas não entrou a onda certa para mim. E estou feliz que o Jadson passou também”, fala Deivid. “Ele está lutando para manter seu lugar no CT, então mereceu. Estou contente por estar indo para o Havaí agora com mais chance de conseguir minha vaga na Tríplice Coroa Havaiana. Nada está perdido, vai dar tudo certo e espero estar no CT no ano que vem.”

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“Muito legal, eu aqui vendo o palanque azul, da mesma cor e o mesmo logotipo daquela edição, as pedras cheias de gente, todo mundo amarradão”, disse Alfio Lagnado. “É um sentimento muito parecido com o de 30 anos atrás. Estou muito feliz presenciando tudo isso, valeu muito a pena, muito mais até do que eu imaginava. Naquela época (1986), era um sonho fazer um campeonato da ASP (hoje World Surf League), ter os campeões mundiais aqui em areias do Brasil e o campeonato foi um dos pilares para o sucesso da Hang Loose. A gente sempre acreditou e investiu no surfe, a marca já tem mais de 35 anos, continua bombando e o maior segredo é acreditar e investir no surf”.

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