O Lexus WSL Final 5 2024 está prestes a começar e as previsões do Surfline e Swellnet indicam que a competição terá início na próxima sexta-feira, dia 6 de setembro. Os cinco melhores surfistas do ranking masculino e feminino se enfrentarão em Lower Trestles, na Califórnia, em um formato decisivo, que desde sua introdução em 2021, tem dividido opiniões no mundo do surf.
O Final 5 alterou radicalmente o sistema tradicional de pontos corridos, trazendo um novo nível de incerteza e drama para a disputa pelo título mundial. Neste formato, o quinto colocado enfrenta o quarto na primeira bateria do dia. O vencedor avança para enfrentar o terceiro colocado, e assim por diante, até chegar à grande final, onde o primeiro colocado do ranking espera pelo adversário. Essa última disputa é realizada em uma série melhor de três baterias, o que garante que o campeão precise vencer pelo menos duas vezes na disputa final para ser coroado.
Para os atletas que chegam ao Final 5 em quarto ou quinto lugar, o caminho até o título é particularmente desafiador. Eles precisam vencer pelo menos cinco baterias consecutivas, podendo chegar a até seis, para serem campeões. Isso exige não apenas habilidade, mas também extrema resistência mental e física.
Este ano, os surfistas que lutarão pelo título mundial são:
Masculino:
- John John Florence (HAV)
- Griffin Colapinto (EUA)
- Jack Robinson (AUS)
- Ethan Ewing (AUS)
- Ítalo Ferreira (BRA)
Feminino:
- Caitlin Simmers (EUA)
- Caroline Marks (EUA)
- Brisa Hennessy (CRC)
- Molly Picklum (AUS)
- Tatiana Weston-Webb (BRA)
Desde sua implementação, o formato já proporcionou momentos de grande emoção e controvérsia. Em 2021, Gabriel Medina foi o primeiro a conquistar um título mundial no novo formato, alcançando o tricampeonato em uma final contra Filipe Toledo. No feminino, Carissa Moore venceu o título naquele ano, dominando a competição em Trestles.
Já em 2022, Stephanie Gilmore, que havia se classificado em quinto lugar para o Final 5, fez história ao vencer todas as baterias do dia, incluindo a final contra Carissa Moore, que chegou à decisão como a líder disparada do ranking. A vitória de Gilmore destacou a imprevisibilidade e o caráter emocionante do novo formato, mas também levantou críticas sobre sua justiça, já que Carissa dominou toda a temporada regular, mas perdeu o título mundial devido à dinâmica do Final 5.
No mesmo ano, no lado masculino, Italo Ferreira quase conseguiu um feito similar. O brasileiro avançou por todas as baterias, mas na final encontrou Filipe Toledo, que, ao chegar em primeiro lugar no ranking, aguardava na última disputa. Toledo venceu o medalhista olímpico de Tóquio e garantiu seu primeiro título mundial, mas não sem trabalho, pois Italo chegou forte, mostrando que mesmo após tantas disputas, o desafiante pode pressionar o líder até o último momento.
No ano passado, 2023, Filipe Toledo foi bicampeão mundial no lado masculino, consolidando-se como um dos melhores surfistas em Trestles, enquanto a norte-americana Caroline Marks alcançou seu primeiro título.
Desde sua introdução, o Final 5 foi patrocinado pela Rip Curl, mas agora a Lexus assume o patrocínio, marcando uma nova era para o evento. Para 2025, o campeonato final será realizado em Fiji, um local icônico no surf mundial que tem potencial para proporcionar ainda mais emoção do que a onda de Trestles. A mudança de onda é vista como uma tentativa de diminuir as críticas ao formato e aumentar a aceitação entre os surfistas e fãs do esporte – ainda que muitos já tenham se convencido que o formato veio para ficar.
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Com o evento de 2024 prestes a começar, a expectativa é enorme. O havaiano John John Florence buscará o seu tricampeonato mundial, enquanto no lado feminino, a jovem norte-americana Caitlin Simmers tentará conquistar seu primeiro título. Apesar de o primeiro colocado chegar com uma vantagem considerável, o formato provou que tudo pode acontecer.
