Um dos mais respeitados e inovadores shapers dos anos 1970 e 1980, Geoff McCoy, faleceu aos 79 anos de causas naturais nessa terça-feira (23), na Austrália.
Nascido em Gosford, na Costa Central de Nova Gales do Sul, Geoff cresceu em uma família de surfistas e seu pai era o capitão do clube local Killcare Surf Club. Na juventude, além do surf, ele também praticou atletismo e hipismo – outra tradição familiar herdada.
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Geoff decidiu se dedicar à produção de pranchas de surf após concluir um curso de shape no início dos anos 1960. Depois de trabalhar com vários shapers, ele eventualmente decidiu abrir a McCoy Surfboards em sua própria fábrica em Brookvale, nas praias do norte de Sydney, em 1970.
McCoy era conhecido por seus designs inovadores e experimentais, incluindo o ‘Lazor Zap’, que era uma rabeta larga e em forma de gota d’água com apenas uma quilha, usada por Cheyne Horan durante duas campanhas de título mundial em que ele ficou em segundo lugar em ambas as ocasiões.
Ele também era famoso por seu modelo ‘nugget’, uma triquilha com bico e rabeta redondos, projetado para se manter estável na água e ser prático para qualquer nível de experiência nas ondas.
Ao lado de Cheyne, diversos profissionais da mesma época surfaram para McCoy. Incluindo a ex-campeã mundial feminina Pam Burridge, que prestou suas homenagens a Geoff em uma postagem no Instagram. Ela disse: “Muito triste em ouvir que Geoff McCoy morreu hoje. Ele foi uma figura poderosa no surf e a equipe McCoy era onde todos os prodígios pareciam estar. Muito obrigada por aqueles primeiros anos e por me lançar nesse sonho de uma vida de surf. Descanse em paz”.
O historiador do surf Matt Warshaw descreveu o design lazor-zap de Geoff como “sexy e futurista, mas nervoso e flutuante e sem controle e mais ou menos impossível de surfar a não ser que você fosse Cheyne Horan”.
A trajetória de sucesso de Geoff enfrentou um golpe devastador em 1984, quando seu gerente de negócios fugiu após acumular uma quantidade extrema de dívidas para a empresa. Desavisado sobre a situação, Geoff viu-se forçado a declarar falência e levou anos para liquidar suas obrigações financeiras. O episódio teve consequência profundas para o shaper, que somente em 1991 retornou à atividade e, mais recentemente, dedicava-se ao trabalho em uma fábrica em Tweed Heads, impulsionado principalmente pela paixão pelo surf, deixando o lucro em segundo plano.
Segundo reportagem publicada pela revista australiana Tracks, surfar em uma de suas pranchas é descrito como: “Surfar em uma prancha de surfe projetada e moldada pessoalmente por Geoff McCoy é estar em um veículo, que levou anos de conhecimento para ser produzido, está na vanguarda do design e levará cada indivíduo a performar de uma maneira nunca antes imaginada”.
A equipe Hardcore presta condolências aos familiares e amigos de Geoff McCoy.
Fonte: tracksmag.com.au
