Todos de olho na previsão das ondas para o WSL Corona Open J-Bay, na África do Sul, programado para ter início amanhã, dia 13, com janela aberta até o dia 22 de julho. Só que ninguém está entendendo o que se passa no Surfline.com, o site responsável pela previsão oficial da WSL. Nem o 11 vezes campeão do mundo, Kelly Slater, que postou nos comentários do Instagram do site californiano uma cobrada forte, pedindo mais coerência: “Vocês poderiam garantir algum tipo de previsão que não mude completamente para J-Bay todos os dias?”
A razão da bronca é muito simples, do começo da semana para hoje a previsão foi mudando drasticamente, e as boas ondas previstas talvez nem se materializem de acordo com os últimos boletins. Por outro lado, não era esperado que o mar ficasse tão bom nos dias anteriores à competição. Mas o que se viu foram sessões de surf de gala, com os melhores surfistas do planeta dando um verdadeiro show.
Excelente treino sem dúvida, mas pode ser até um tanto decepcionante fazer o aquecimento em condições de sonho e ter que lutar por preciosos pontos, na hora que verdadeiramente conta, em ondas com a qualidade abaixo do esperado. Vale lembrar que, por ser a penúltima etapa antes da Rip Curl WSL Finals em Trestles, os resultados em Jeffrey’s Bay são decisivos para definir quem serão os cinco surfistas a disputar o título mundial 2023. O brasileiro Filipe Toledo, em primeiro lugar no ranking, é o único praticamente garantido. Abaixo dele muita coisa pode mudar ainda até setembro.
Ajudaria muito também que o Surfline acertasse na sua previsão para que os espectadores ao redor do mundo, com o Brasil despontando como uma das maiores audiências, pudessem se programar para acompanhar o evento ao vivo. Considerando a diferença de 7 horas no fuso horário, muitos fãs tem que alterar sua rotina para poder passar a madrugada acordado se o campeonato estiver acontecendo na parte de manhã. Ao final, parece que o que deve prevalecer diante da falta de confiança nos boletins é o conhecido “pray for surf”, ou “reze por ondas” utilizado desde sempre pelos surfistas.