“O que mais precisamos no design de piscinas de ondas são ideias. E as pessoas estão trabalhando constantemente nelas”, disse Kelly Slater, logo após finalizar uma sessão no Wavegarden Lab, no País Basco. “Há muitas opções e variabilidade nos designs aqui.” Slater testou durante três horas a nova versão da piscina pioneira da Wavegarden enquanto Josema Odriozola, o fundador e CEO da empresa, controlava as opções de ondas oferecidas ao 11x campeão mundial. O resultado surpreendeu Slater, que saiu da água entusiasmado com a experiência.
A Wavegarden já possui o produto comercialmente mais viável do mercado, com oito parques de surf atualmente em operação, sendo que dois deles no Brasil, o Surfland, em Garopaba, Santa Catarina, e a Praia da Grama, em Itupeva, São Paulo. Outras 12 novas piscinas com a mesma tecnologia estão em construção ao redor do mundo. Mas isto não quer dizer que a empresa possa desacelerar sua evolução tecnológica, muito pelo contrário, já que a concorrência tem sido cada vez mais forte.
Por isso Odriozola, o surfista e engenheiro basco que desenvolveu a tecnologia inicial da Wavegarden há quase 20 anos, continua criando novas opções de onda. É nesta piscina que deixou Kelly impressionado, construída como um protótipo em 2010 e nunca aberta ao público, que ele vem testando novas alternativas.
O Wavegarden Lab é a primeira instalação do mundo dedicada à pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de ondas artificiais e surf de alto desempenho. Atualmente, a instalação pode gerar ondas de até 2,2 m de altura, com tempo de tubo de 7 segundos, e oferece uma grande variedade de ondas de alta qualidade nunca vistas antes. Uma das mais impactantes novidades é que as ondas podem vir sozinhas a cada 15-30 segundos, ao invés de em séries com várias ondas. E isto pode ser feito 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Recentemente, os ícones do surf Kelly Slater, Shane Dorian e Bobby Martinez tiveram algumas sessões no renovado centro de demonstração. A eles se juntaram o medalhista de ouro olímpico Kauli Vaast, Leo Fioravanti e Coco Ho. Estavam presentes também um grupo de jovens talentos eletrizantes, incluindo o brasileiro Mateus Herdy, Jackson Dorian, Noah Beschen e os surfistas locais Kai e Hans Odriozola.
O brasileiro conhecido por seu surf futurista, trabalhou com os técnicos da Wavegarden para projetar sua própria onda, mais veloz e oferecendo uma rampa de decolagem estratégica para aéreos estratosféricos. Enquanto isso, o filho de 19 anos de Odriozola, Kai, um dos maiores talentos do surf da Europa, deu seu primeiro backflip. Ao mesmo tempo em que os surfistas se concentravam em ultrapassar seus limites nas novas ondas disponíveis, eles forneciam informações que servirão para definir quais serão as ondas a serem oferecidas nas Wavegardens espalhadas pelo planeta.
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