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Jamie O’Brien faz duras critica ao Pipeline Masters: “Desrespeito com a tradição”

Jamie O’Brien, um dos maiores nomes da história do surf em Pipeline, usou as redes sociais para expressar sua indignação por não ter sido incluído na lista principal de competidores do Pipeline Masters 2024. O evento, que há décadas é um dos mais prestigiados do surf mundial, passou por mudanças significativas desde que a marca Vans assumiu sua organização, incluindo um formato que tem sido amplamente criticado por incluir atletas com pouca experiência na icônica onda.

Na postagem, O’Brien, vencedor de diversas competições em Pipeline e conhecido por sua profunda conexão com o local, desabafou:

“Crescendo, me ensinaram a ‘deixar o surf falar por si’, mas parece que isso não é mais suficiente. Dediquei quase 30 anos da minha vida a Pipeline — ganhei todos os eventos, construí minha casa dos sonhos aqui, fiz de Pipeline minha vida. Na semana passada, descobri que não recebi o convite para o Pipe Masters. Quando perguntei por quê, me disseram que eu sou ‘muito velho’ e ‘não me encaixo nos critérios’. Em vez disso, estou na lista de suplentes com um ‘não se preocupe, você provavelmente entrará’.”

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Jamie também destacou que outros havaianos mereciam estar na competição, como Josh Moniz, Kalani Chapman, Bruce Irons e Eli Olson, entre outros. Segundo ele, esses surfistas, que dedicaram anos de suas vidas ao surf em Pipeline, foram deixados de lado por decisões que ele classificou como “feitas por pessoas que claramente não entendem a realidade do lineup em Pipeline“.

Josh Moniz apoiou publicamente O’Brien e criticou a organização: “É impactante ver como, em tão pouco tempo, a Vans quase destruiu o que significa ser um Pipeline Master. É desrespeitoso ver Jamie fora da lista e surfistas que mal surfaram em Pipe incluídos.”

Desde que a Vans assumiu a organização do Pipeline Masters, a competição mudou seu foco para um formato mais inclusivo e diversificado, mas que, segundo críticos, negligencia os surfistas que construíram suas carreiras em Pipeline. O novo sistema prioriza convidados com base em critérios como engajamento nas redes sociais e popularidade, em vez de experiência ou mérito no surf local.

Para muitos, isso representa um desrespeito à história e à tradição da competição, que sempre foi marcada por performances de elite e pela celebração da cultura havaiana. No imaginário do esporte, Pipeline não é apenas uma onda, é um templo do surf. As recentes controvérsias levantam questões sobre o futuro do evento e sua relevância para a comunidade havaiana e global. Para Jamie O’Brien e outros, a luta não é apenas por um lugar na competição, mas pela preservação do legado de Pipeline e do respeito que ela merece.

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