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Hong Kong mantém polêmica proibição do surf quando o mar está “grande”

Enquanto o surf ganha popularidade ao redor do mundo, o território autônomo de Hong Kong, na China, permanece firme em uma controversa proibição da prática em praias públicas quando o mar sobe. Apesar da repercussão crescente, incluindo a história de um surfista local que considera competir pela Suíça em protesto, as autoridades chinesas parecem pouco inclinadas a ceder à pressão popular.

A proibição, que afeta 42 praias na região, inclui Big Wave Bay, uma das melhores ondas da China e conhecida por sua longa tradição de surf. Desde o verão passado, placas proibitivas foram instaladas no local, gerando frustração entre os praticantes. O argumento oficial é que os surfistas colocam suas vidas e as dos socorristas em risco em dias de mar grande.

O parlamentar Adrian Pedro Ho King-hong, do New People’s Party, tem pressionado o governo por soluções mais flexíveis, especialmente no caso de Big Wave Bay. Em entrevista ao South China Morning Post, Ho revelou que as autoridades descartaram até mesmo a criação de zonas específicas ou horários para o surf, alegando possível oposição pública.

“Eu perguntei se haveria uma forma de delimitar uma área ou permitir o surf em horários específicos, mas a resposta foi um categórico ‘não’. Há tantas praias em Hong Kong, por que não fazer uma pesquisa ou estudo de viabilidade antes de tomar uma decisão tão definitiva?”, questionou o parlamentar.

Além disso, a regulamentação vigente proíbe o uso de pranchas de surf nas águas reservadas a banhistas sem uma justificativa razoável. Quem desrespeitar a regra está sujeito a multa de HK$ 2.000 (cerca de R$ 1.300) e até 14 dias de prisão.

O Leisure and Cultural Services Department (LCSD), órgão responsável pela gestão das praias, reforçou que a proibição sempre existiu, mas agora está sendo mais rigorosamente aplicada, possivelmente por conta do aumento do número de praticantes nos últimos anos. “Atividades de surf sempre foram proibidas em praias públicas regulamentadas pelo LCSD,” afirmou um porta-voz do departamento.

A inflexibilidade do governo contrasta com exemplos vizinhos, como Taiwan, que recentemente sediou um evento da World Surf League (WSL) e é amplamente reconhecido por sua política amigável ao surf.

Enquanto isso, surfistas de Hong Kong enfrentam uma onda de desafios, entre lutar por seus direitos e buscar alternativas para continuar praticando o esporte que amam quando as ondas estão realmente boas.

Fonte: Surfer

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