No dia 24 de julho, o havaiano Kawika Matsu, 37 anos, sofreu um ataque de múltiplos tubarões (três, pelo menos), enquanto remava com um stand up paddle, na isolada Ilha de Ascensão, de colonização britânica, situada no Atlântico Sul, entre o Brasil e a África.
Kawika estava há 90 metros da costa, e curtia alguns dias de férias entre um trabalho e outro – o surfista é autônomo e presta serviços de conserto de ar-condicionado.
De acordo com a notícia, veiculada em detalhes pelo Huffington Post (link no final da matéria), “Kawika percebeu três tubarões ao redor de sua prancha”, contou seu irmão, Kai Matsu, para a reportagem do jornal.
Alguns veículos chegaram a noticiar que o havaiano caiu da prancha – a informação não procede. Kawika falou para seus familiares e amigos, que sua prancha foi erguida de baixo para cima, pelo que ele acredita ser um grande Tubarão Branco.
Acima o post do surfista havaiano Shane Dorian em solidariedade a Kawika. Na postagem, Shane pede ajuda e compartilha o link do crowdfunding para o havaiano em sua bio. Quem também se solidarizou foi o 11x campeão mundial Kelly Slater, que também compartilhou o link de doações em sua bio do Instagram.
Tão logo ele caiu na água, percebeu que um tubarão se aproximava rapidamente. Ele disse, “esse daí, meu deus, tinha aproximadamente 14 pés e tenho certeza que era um grande tubarão branco”.
Para o Huffington Post, Kawika descreveu que o tubarão primeiro arrancou um pedaço de carne e músculo, do tamanho de uma “bola de basquete”, da parte superior do seu braço direito. Na sequência, o havaiano deu o primeiro soco no nariz do animal, que saiu – apenas temporariamente.
O animal voltou e o havaiano deu-lhe outro soco – foi o tempo que ele teve para subir de volta na prancha. Ele sabia que precisava manter a calma enquanto percebia o braço jorrando sangue. Pensou rápido e usou o leash da prancha como torniquete, para conter o sangramento. Foram 30 agonizantes minutos, até que chegasse o barco para resgatá-lo.
Havia testemunhas no local, mas não há muitos detalhes do resgate. Mas entre os 800 moradores da ilha, centenas de pessoas contribuíram com transfusões de sangue para o havaiano, que foi levado para uma pequena unidade medicinal na ilha.
Quando ele chegou na Flórida, “parecia que ainda estava sujo de praia”, contou seu irmão, Kai Matsui, para o Huffington Post.
O havaiano ficou por três dias na ilha, de segunda até quinta-feira, até ser levado para um hospital no qual pudesse receber devido tratamento. Da ilha, ele voou para o Brasil, e daí até um hospital especializado em traumas, em Ft. Lauderdale, Flórida.
Na sexta-feira, 28/7, ele passou por uma cirurgia, e desde então, atualiza as informações a respeito de suas condições em sua página do Facebook.
Kawika já fez seis cirurgias reconstrutivas. O havaiano enfrentará muitas outras ainda, para reconstituir pele, músculos e nervos, pelo menos até o próximo ano. As despesas que a família de Kawika terá são inestimáveis.
Além das boas vibes, Kawika também precisa de ajuda financeira. Foi criado um crowdfunding – aqui – você pode clicar e ajudar; qualquer quantia é aceita.
Uma página se de suporte no Facebook também foi criada – aqui. Confira a matéria publicada na íntegra aqui.
