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Gabriel Medina esclarece falso comunicado

Desde que Gabriel Medina foi “assaltado” no Round 3 do Hurley Pro Trestles, contra o local Tanner Gudauskas, circula pelas redes sociais e pelos grupos de Whatsapp um falso comunicado (reproduzido na íntegra abaixo) em nome do atleta.

A repercussão da falsa carta foi tanta que o jornalista Fabio Maradei, assessor oficial do atleta, vem a público esclarecer que o atleta nunca divulgou comunicado em seu nome:

Em momento algum, Gabriel ou alguém de seu staff se pronunciou sobre qualquer decisão relacionada ao seu futuro no Circuito Mundial.

As medidas legais serão tomadas para garantir a integridade do atleta e descobrir o responsável pela falsa comunicação.

Pedimos, por favor, que ignorem este comunicado absurdo, que afeta o atleta, sua família, sua equipe, seus patrocinadores e a instituição do surfe.

Abaixo a reprodução da falsa carta: 

À WSL,

Agradeço ao apoio que recebi de todos os meus patrocinadores e de todo o meu staff, a quem faço questão se cumprimentar, aqui, na figura do meu técnico e pai, Charles.

Desde que entrei no WCT, já fui vítima de algumas decisões que prefiro chamar de “duvidosas” por parte da arbitragem. Por mais de uma vez, inclusive em decisões de etapas, como as de Portugal, em 2013, e a de Pipeline, em 2014, a balança da subjetividade sempre pendeu contra o meu lado. Algo que se repetiu em decisões polêmicas sobre interferências, como as que foram marcadas contra mim nas etapas da Gold Coast 2015 e, agora, em Trestles. Na dúvida, é sempre contra o Gabriel Medina.

Não sou hipócrita de reconhecer que, algumas vezes, poucas vezes e em nenhuma bateria decisiva, o status de campeão mundial ajudou a elevar minhas notas. Admito que eu mesmo senti que algumas de minhas notas foram julgadas “para cima”, talvez porque seria interessante que um campeão mundial não fosse eliminado tão cedo em algum ou outro evento.

Enfim, tudo isso é uma introdução para o que eu gostaria de relatar sobre o que tem ocorrido este ano e o que me levou a tomar uma decisão difícil e que eu jamais gostaria de tomar.

Quem acompanhou a etapa de Teahupoo, no mês passado, deve ter imaginado o quanto foi difícil para mim e para meu staff aceitar o julgamento que me tirou a chance de disputar mais uma final. Quem conhece minimamente de surf discordou do resultado definido pela arbitragem. Todo um iinvestimento em trabalho, estrutura e dedicação foi por água abaixo não pelo o que eu deixei de fazer dentro d’água, mas pelo que foi decidido pelos caras que passam a bateria toda sentados e têm nas mãos o poder de decidir os rumos de um campeonato.

Apesar da enorme frustração, segui para Trestles confiante de que o ocorrido em Teahupoo teria sido um caso pontual. Eis que a etapa começa com uma marcação de interferência duvidosa, mas “sempre contra o Gabriel Medina”, que consegui superar. Mas aí veio a bateria do round 3 e ficou claro que eu estava enganado sobre a decisão equivocada se tratar de algo apenas pontual. Era mais que isso. Estava ali, claramente, que alguma força oculta estava atuando para evitar que, de algum forma, eu avançasse no evento e na briga por mais um título mundial. Não adiantou fazer tudo o que eu fiz dentro da água e que levou não só a torcida ao redor do mundo quanto os próprios comentaristas da WSL a um estado de espanto geral em torno do resultado, mais uma vez, “contra o Gabriel Medina”.

Dessa forma, como o título mundial de 2016 parece já estar definido em favor de outro competidor, conversei com patrocinadores e com as pessoas mais importantes da minha vida e decidi fazer como meu ídolo, Mick Fanning: vou transformar o restante da temporada em um período sabático, me concentrar em algumas questões pessoais e profissionais e deixar as competições, ao menos por ora, de lado. Cumprirei integralmente com as minhas obrigações com a WSL, participando em Haleiwa e Sunset, das duas etapas QS 10.000 que o regulamento estipula que todo atleta do CT deve disputar anualmente.

Aproveitarei para disputar mais uma edição do Pipe Masters, evento que eu amo e que faço questão de participar. Até para ajudar a coroar a conquista do título mundial de John John Florence, um dos mais extraordinários surfistas do mundo, totalmente capacitado para ocupar tal posição, independentemente da forma como a WSL, supostamente, está se comportando. A ele, meus sinceros parabéns antecipados. Ele é merecedor!

No mais, continuarei a fazer o que amo, cada vez com mais dedicação e paixão. No ano que vem, estarei forte para disputar mais um título mundial. E espero que a WSL permita que seja em pé de igualdade com os demais.

Um abraço a todos,

Gabriel Medina

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