Gabriel Medina larga na frente na disputa pelo título Mundial. Ele venceu sua bateria de estreia e foi direto para o Round 3. Já Filipe Toledo, em bateria polêmica contra Jamie O’Brien, e Adriano de Souza, atual terceiro colocado do ranking; perderam os seus confrontos e foram para a repescagem.
Gabriel Medina à vontade em Pipe
Gabriel Medina esbanjou técnica em sua estreia. Na 3ª bateria do Round 1, fez a somatória de 12,60 pontos para vencer o havaiano Keanu Asing e o australiano Wade Carmichael, passando direto para terceira fase.

Medina foi o último a pegar sua primeira onda do confronto – mas teve o melhor desempenho com a nota 5,0, deixando Wade em segundo e Keanu em terceiro. Pouco tempo depois, Gabriel pegou outra onda para cravar 3,5 e ampliar a liderança. A menos de 10 minutos do fim, o havaiano Keanu Asing acertou o pé em uma esquerda para avançar para a segunda posição, enquanto Medina pegou duas boas na sequência – 5,27 e 7,33 – e trocou as ondas anteriores – para somar 12,60, deixando Keanu em segundo e Wade em terceiro, carimbando a classificação.
“Estava muito difícil encontrar as ondas boas. O vento estava ruim – entrou um maral estranho. Consegui achar aquele 7,33, foi bom. As condições estão difíceis, mas felizmente consegui avançar”, disse Medina na entrevista ao final da bateria.
Adriano de Souza perde e vai para repescagem

Adriano foi dono da maior nota da bateria – 6,33 após um encaixe perfeito em um tubo para a esquerda. A onda foi bonita, Mineiro ficou fundo, mas não serviu para que ele mantivesse o ritmo. A nota cima da casa dos 6 pontos não foi suficiente para barrar o taitiano Michel Bourez, que fez a melhor escolha de ondas nas difíceis condições do mar e avançou direto para o Round 3, com 3,83 e 5,50 pontos.
Mineiro não fez bom uso da prioridade, pecou na escolha da segunda onda – e terminou com 6,33 e 0,90, com o australiano Jack Robinson na terceira colocação. Aliás, o australiano de apenas 17 anos que foi o vencedor dos Trials se jogou nas bombas, tomou vacas insanas e no toque da buzina, quando Mineiro hesitou em dropar a última onda quando tinha a prioridade, desceu outra bomba que levou o público ao delírio. Porém, a performance não entrou na somatória de notas, e Michel Bourez garantiu a primeira colocação.
Agora Adriano de Souza volta a competir no Round 2, na repescagem, contra Jack Robinson.
Filipe Toledo perde em bateria polêmica
O local de Ubatuba, atual segundo colocado do mundo – logo atrás do australiano Mick Fanning – manteve-se na liderança por praticamente todo confronto. Enquanto Kolohe ficou de coadjuvante na bateria – saiu da água com apenas uma onda contabilizada – 6,50, faltando quatro minutos para o final, o local do pico Jamie O’Brien decidiu dar as cartas e pegou uma ótima esquerda, encaixou fundo no tubo e saiu seco antes da onda fechar – um 7,33 para arrematar a liderança com total de 8,06 pontos.
Nos instantes finais, Filipe – que precisava de 2,90 para virar o confronto – tentou a liderança com uma esquerda, entubou não tanto fundo e saiu em um floater… para esperar já nas areias a nota dos juízes. Quando saiu a nota, decepção: 2,67 pontos, para insatisfação da torcida brasileira e do próprio Filipe, que saiu balançando a cabeça em sinal negativo e resmungando muito.
Ítalo Ferreira estreia com a estrela da vitória, Jadson André vai para a repescagem

O brasileiro atual sexto colocado no ranking do WT – nosso rookie do ano, capa da HARDCORE #313, edição de dezembro – não perdeu tempo: achou uma boa esquerda no início da bateria para completar o tubo com a calma de quem já tem intimidade com o pico (só que na verdade ele surfa lá, praticamente pela segunda vez) para arrancar 8,33 dos juízes. O australiano Ace Buchan respondeu com 6,33 enquanto o irlandês Glenn Hall não se encontrou na bateria. O brasileiro manteve-se na liderança durante todo tempo, mesmo com uma segunda nota mais baixa, até pegar uma direita espumenta para Backdoor e arrematar o confronto com 5,93, somando 14,26, para mandar Buchan – que ficou com total de 9,33 – para repescagem. Glenn Hall terminou com 1,70, totalmente à margem do confronto.
“Esse é meu primero Pipe Masters, estou um pouco nervoso e tento apenas me divertir e aproveitar”, disse o brasileiro natural de Baía Formosa, RN.
Na segunda bateria do Round 2, Jadson André teve nota 5,70 e foi superado pelo 6,17 de Mason Ho, que entrou de última hora no evento principal por causa da lesando sofrida pelo aussie Owen Wright. Com a derrota, o brasileiro disputará a repescagem do segundo round.
Fanning passa direto
Enquanto isso, o australiano Mick Fanning segue determinado na corrida pelo título. Na sexta bateria do Round 1, avançou com a maior nota do dia – um 9,43 depois de um tubaço deep com saída impecável para Backdoor – totalizando 14,60 contra 14,33 de Bruce Irons, com Sebastian Zietz em terceiro com 4,37.
Wiggolly e Pupo para repescagem
Wiggolly Dantas e Miguel Pupo foram os últimos brasileiros a estrear no Pipe Masters. Infelizmente, quando chegou a vez de Guigui entrar na água, na décima primeira bateria contra os australianos Bede Durbidge e Adam Melling, as condições do mar já estavam bastante difíceis. Bede acertou na tática de pegar mais ondas – nenhuma delas boa, mas a quantidade fez a diferença – e avançou com 1,17 e 1,67, deixando Melling em segundo e Dantas em terceiro – que terá Jordy Smith como adversário na segunda fase do evento.
Fechando os confrontos do Round 1, Miguel Pupo enfrentou Josh Kerr e Joel Parkinson. Kerr fez jus à sua fama de tube rider para “tirar leite de pedra” e encontrou um 7,33 e 5,53 para Backdoor e seguir à frente de Parko com 13,06. Pupo terminou em terceiro com total de 3,44 pontos e agora enfrenta Adrian Bucham no Round 2.
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