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Indústria do surf avalia que foto viral de Medina pode aumentar número de surfistas

Segundo a matéria, a WSL também está atenta à repercussão da foto: "Imagens como a de Medina são as que mais repercutem entre os surfistas novos e jovens"

“A participação no surf pode ser impulsionada pelo momento olímpico viral de Gabriel Medina”. Esse é o título de uma matéria publicada no site americano Shopeatsurf, principal fonte de notícias cobrindo a indústria do surf. Na matéria, assinada por Kate Robertson, é feito um paralelo com o aumento do número de surfistas após a estreia do surf como modalidade olímpica em Tóquio 2020. “É exatamente disso que o esporte precisa neste momento”, disse Eric Stanton, diretor sênior da empresa de pesquisa de mercado ActionWatch, referindo-se à foto viral que pode aumentar número de surfistas no mundo.

Stanton explica que grandes momentos no cenário mundial podem não impulsionar as vendas na indústria do surf, mas podem impactar a participação. Lembrando que Tóquio 2020 na verdade aconteceu em 2021, ele conta que, segundo dados coletados pela ActionWatch, de 2020 para 2021, a participação diminuiu 8%. Mas de 2021 a 2022, a participação no surf teria aumentado 6%, potencialmente impulsionada em parte pela sua primeira aparição nos Jogos Olímpicos. Em 2023, a participação aumentou 5%.

De acordo com analistas do setor, ainda que isso não seja garantia de aumento de vendas, é provável que surfistas mais novos e casuais irão se inspirar nas Olimpíadas de 2024 para tirar a poeira de suas pranchas. 

A atenção que a Olimpíada proporciona ao surf e seus principais astros, como Gabriel Medina, no centro, supera a de qualquer outro evento esportivo. Foto: ISA / Pablo Franco 

O nome de Gabriel Medina se tornou popular esta semana, alcançando muito além da comunidade do surf. A foto do surfista brasileiro no ar, saindo da onda do terceiro round que lhe rendeu uma pontuação recorde olímpica de 9,90, se tornou viral na segunda-feira. A imagem, do fotógrafo da Agence France-Presse, Jérôme Brouillet, é até o momento a mais vista dos Jogos Olímpicos.

+1,5 milhão: Medina já superou em Paris 2024 o ganho de seguidores que Italo teve em Tóquio 2020

Segundo a matéria, a WSL também está atenta à repercussão da foto. “Imagens como a de Medina são as que mais repercutem entre os surfistas novos e jovens”, teria dito Stefani Chinn, vice-presidente sênior de talentos e marketing da liga. “Momentos virais como este envolvem um público amplo, especialmente num momento em que o mundo inteiro assiste ao esporte. Estamos emocionados que o mundo veja Gabriel e este aspecto único do surf – sua habilidade física e a beleza do cenário que foi capturado”.

Ainda de acordo com Kate Hudson, as pesquisas no Google por “surf” atingiram o pico em 2021, quando o esporte estreou nas Olimpíadas na praia de Tsurigasaki, em Tóquio. A realização do evento deste ano em Teahupo’o, uma onda muito mais espetacular num cenário paradisíaco, gerou muito mais atenção da mídia nos principais meios de comunicação, como o New York Times, Reuters e a BBC.

A Samsung, parceira olímpica e paraolímpica mundial oficial, fez parceria com a WSL, Street League Skateboarding e Pro Breaking Tour para uma campanha olímpica. Como parte da parceria, produziram o documentário The Next Wave, que é parte aula de história e parte biografia dos surfistas perfilados em sua trajetória rumo a Paris 2024.

“Quando se trata de surf, a conexão com os fãs e as comunidades é através dos atletas – eles são as estrelas, e essas estrelas brilham muito antes e depois dos Jogos Olímpicos”, disse Chinn. Ele acrescenta que “as parcerias, conteúdos e produtos dos atletas podem ter fortes conexões com fãs e consumidores fora da janela olímpica”.

Para se aproveitar desse momento positivo, a WSL receberá alguns atletas olímpicos em seus próximos eventos, como o Lexus US Open of Surfing e o Corona Fiji Pro. Os novos fãs poderão acompanhá-los e conferir as competições. “Para o surf, aproveitar o poder do burburinho pós-olímpico é uma ótima maneira de aproveitar o interesse e o envolvimento do público que as Olimpíadas geram”, disse Chinn. “Para as marcas do surf, aproveitar essa onda de excitação pós-olímpica é uma estratégia forte para continuar esse impulso e manter os fãs envolvidos no que seus novos atletas favoritos farão a seguir.”



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