O Moche Rip Curl Pro Portugal, penúltima etapa do World Tour, terminou nesta sexta (30) com vitória do brasileiro Filipe Toledo em cima do conterrâneo Ítalo Ferreira, em uma bateria de altíssimo nível. Com o resultado, Filipinho conquista a terceira vitória no World Tour e salta da sexta para a segunda posição do ranking. Já Ítalo, “o rookie do ano”, fez sua primeira final em um evento do World Tour e saltou do oitavo para o quinto lugar.
FINAL VERDE E AMARELA
Filipe Toledo começou a final arrasador: manobrou firme na direita e na sequência mandou dois aéreos – o segundo, alto, full rotation, aterrissagem impecável – para não deixar dúvidas nos juízes: um 10 absoluto. On fire, Filipinho pegou mais uma onda que valeu 7,33 dos juízes e somou 17,33 para deixar Ítalo em “combo” com 1,13 e 4,33.
Assista abaixo ao 10 de Toledo:
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Minutos depois, Ítalo reagiu com 7,20 – seguia em combo, mas não pareceu abalado. Depois quebrou tudo em uma direita com um aéreo absurdo – 9.93 para sair da combo e voltar à disputa. Ainda faltava 7,41 para conquistar sua primeira vitória no World Tour, só que Filipinho não quis saber de conversa. Minutos depois, arrancou 7,83 para carimbar sua terceira vitória do ano no World Tour – somando 17,83 contra 17,13 do Ítalo Ferreira.
Assista ao 9,93 de Ferreira:
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FILIPE x BRETT: FILIPE ASSUME O COMANDO
Rumo à semifinal, Filipe Toledo despachou o australiano Joel Parkinson nas quartas – confira a matéria aqui. Depois, teve o norte-americano Brett Simpson como algoz. Simpo liderou boa parte do confronto com 5,67 e 4,83 – contra 7,67 e 2,57 de Filipe, que precisava de 2,83 para virar o jogo. A cinco minutos do término, Filipinho manobrou até a areia em uma direita que valeu 4,23 dos juízes, assumindo a liderança da bateria até o final. Minutos depois, o local de Ubatuba pegou mais uma onda que lhe rendeu 6,93, aumentando a vantagem diante do adversário. Brett precisava de 7,34 para virar e no minuto final arriscou tudo em uma direita – mas só obteve 7,27 – e perdeu por 14,60 contra 12,96 do campeão do evento.
ÍTALO VIRA A MESA CONTRA MEDINA

Pela última bateria das quartas de final, Ítalo Ferreira enfrentou Gabriel Medina em um confronto verde e amarelo de goofy-foaters. Medina abriu a conta com uma direita manobrando até o inside – 6,83. Depois cravou boas manobras de backside em outra direita e somou 6,33 – deixando Ítalo em “combo” com 1,07 e 0,50. Ítalo demorou, mas a reação veio e foi fatal: o rookie do circuito encontrou uma boa esquerda, entubou, saiu e encaixou uma batida na junção – 9,67. Embalado, pegou mais uma direita e manobrou forte de backside – 8,50 – para virar a disputa contra Medina, que saiu da água em “combo” com 13,16 – contra 18,17 de Ítalo. Instantes depois, o rookie of the year sacou um aéreo full rotation de backside – que valeu 8,60 dos juízes – para sacramentar a emocionante vitória em cima de Medina com 18,27 contra 6,83 do atual campeão mundial (que cometeu interferência em uma onda onda de Ítalo e perdeu a segunda nota).
VASCO x ITALO: MAIS UMA VIRADA DO BRASILEIRO

A bateria fechou as semis e começou morna. Com poucas ondas no começo (até 17 minutos do término, foram cinco ondas surfadas, duas pelo local Vasco Ribeiro e três por Ítalo Ferreira).
Vasco liderava a disputa com 3,60 e 0,50 contra 2,50 e 0,93 de Ítalo. Depois achou uma direita manobrável para somar 5,50 e ampliar a liderança sob o brazuca – que somava 2,50 e 3,57 e precisava de 5,53 para assumir a liderança. A seis minutos do término, Ítalo achou uma esquerda, emendou um floater e terminou manobrando na espuma para virar o confronto com 5,87. Na sequência, já mais confortável no duelo, o brasileiro pegou uma direita e não economizou nas manobras de backside – tirou 7,50 para ampliar a liderança sob o português e carimbar o passaporte para sua primeira final no World Tour pelo placar de 13,37 contra 9,10.
Abaixo, os highlights da final:
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DECISÃO EM PIPELINE: TRÊS BRAZUCAS NO TOPO
Agora os tops seguem para o Billabong Pipe Masters, etapa final do World Tour, que acontece de 8 a 20 de dezembro em Pipeline, Hawaii. Filipe Toledo, Adriano de Souza e Gabriel Medina, que respectivamente ocupam a segunda, terceira, e quarta posição no ranking, estão na cola do líder Mick Fanning e têm chances ao título. Impossível prever
o que vai rolar, mas uma coisa é certa: a gente não perde por esperar.
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