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Filipe Toledo comanda o show em Haleiwa

Filipe Toledo faz maior média e notas individuais do campeonato e se junta a mais cinco brasileiros – Miguel Pupo, Jessé Mendes, Mateus Herdy, Bino Lopes e Deivid Silva – nas quartas em Haleiwa

Por João Carvalho

O defensor do título do Hawaiian Pro brilhou na melhor bateria do QS 10000 de Haleiwa Beach esse ano. Filipe Toledo deu um show nas boas ondas da sexta-feira, atacando as direitas com manobras explosivas que arrancaram as duas maiores notas de todo o evento, 9,6 e 9,5 que somou no recorde de 19,10 pontos. O novo reforço da “seleção brasileira” no CT 2019, Peterson Crisanto, fazia uma dobradinha com ele e perdeu a vaga no fim, mas outros cinco brasileiros passaram para as quartas de final. Miguel Pupo, Jessé Mendes e Bino Lopes se enfrentam na primeira bateria, Mateus Herdy está com Filipe na segunda e Deivid Silva na terceira com três surfistas de outros países.

Na sexta-feira, o cabeça de chave número 1 do Hawaiian Pro comandou a terceira bateria das oitavas de final, logo pegando uma direita muito boa para manobrar forte com seu surfe moderno e progressivo no crítico da onda. Foi nessa primeira onda que Filipe Toledo já ganhou a maior nota do Hawaiian Pro esse ano, 9,5 unânime dos cinco juízes. O paranaense Peterson Crisanto estava passando em segundo até o final, quando entrou outra série de boas ondas que decidiu tudo.

Foi um final emocionante, com Filipe destruindo outra onda para sacramentar a vitória como recordista absoluto do campeonato, com o 9,6 que recebeu para totalizar 19,10 pontos. As duas novidades confirmadas para o CT 2019, também surfaram suas melhores ondas e ficou o suspense pela divulgação do resultado. O havaiano Seth Moniz estava em último e impediu a dobradinha brasileira com o 8,17 que recebeu. A nota do Peterson saiu depois e a média ficou em 7,77, mas precisava de 7,94 e o placar entre eles terminou em 13,60 a 13,44 pontos.

Apesar da derrota, o paranaense já conseguiu o grande objetivo, que era a classificação para a elite dos top-34 que vai disputar o World Surf League Championship Tour em 2019. Nas quartas de final, Filipe Toledo vai competir junto com outro brasileiro, Mateus Herdy, o líder do QS, Kanoa Igarashi, e o único que entrou no G-10 em Haleiwa até agora, o neozelandês Ricardo Christie, tirando o americano Evan Geiselman da lista. A batalha pelas últimas vagas no grupo dos dez indicados pelo WSL Qualifying Series foi intensa na sexta-feira, principalmente nas oitavas de final que fecharam o dia de boas ondas de 6-8 pés em Haleiwa.

DOBRADINHA BRASILEIRA – Na primeira, deu dobradinha brasileira com o baiano Bino Lopes e o catarinense Mateus Herdy despachando o número 8 do ranking, Ethan Ewing, junto com o top do CT, Michel Bourez. O jovem Mateus, 17 anos, sobrinho de um integrante da elite por muitos anos, Guilherme Herdy, vem surpreendendo no Hawaiian Pro. Ele tirou a maior nota da bateria, 8,17, mas Bino venceu somando duas na casa dos 7 pontos e segue na busca por vaga no G-10. O dia terminou com ele em 24.o lugar no ranking. precisando chegar na final do Hawaiian Pro para entrar na zona de classificação para o CT. Mateus chegou no Havaí em 61.o e já é o 32.o, subindo 29 posições.

Na segunda oitava de final, Jessé Mendes começou muito bem, arriscando tudo em sua primeira onda para dominar toda a bateria com a nota 8,33 recebida. Ele conseguiu fazer uma leitura eficiente da condição do mar para escolher uma segunda onda boa também e a nota 6,17 foi suficiente para vencer por 14,50 pontos. O líder do QS, Kanoa Igarashi, chegou a reagir no final, mas só conseguiu 13,50 nas duas últimas ondas que surfou, para superar os havaianos Finn McGill e Mason Ho. Jessé vem de um vice-campeonato no Red Nose São Sebastião Pro QS 3000 em Maresias. que o levou para o 33.o lugar no ranking. Agora, já subiu para 22.o e segue na luta para se manter no CT pelo G-10 do QS.

QUARTAS DE FINAL – Jessé, Bino e Miguel Pupo, que está mais próximo de ultrapassar a pontuação do último na lista, o catarinense Alejo Muniz derrotado em sua estreia no QS 10000 de Haleiwa, terão um confronto direto na bateria que vai abrir as quartas de final. Miguel se classificou logo após o show de Filipe Toledo e chegou ao 18.o lugar no QS. Se passar essa bateria completada pelo novo vice-líder do ranking, Seth Moniz, já supera os 12.710 pontos do Alejo Muniz, enquanto Jessé e Bino só conseguem isso se chegarem na grande final.

Mais dois brasileiros vão entrar na segunda bateria do último dia do QS 10000 de Haleiwa, o defensor do título do Hawaiian Pro, Filipe Toledo, e Mateus Herdy, com o japonês Kanoa Igarashi e o neozelandês Ricardo Christie. Depois, competem dois concorrentes por vagas no CT que estão à frente dos brasileiros na fila de entrada do G-10, o australiano Soli Bailey em 14.o no ranking que está garantindo até o 12.o colocado e o norte-americano Jake Marshall em 16.o. Eles também tiram o catarinense da lista se passarem para as semifinais.

Marshall foi o segundo colocado na segunda vitória de Deivid Silva na sexta-feira, com o paulista se mantendo em sexto no ranking. E Bailey se classificou de forma dramática, na onda que surfou no último minuto para tirar a última vaga para as quartas de final do compatriota Dion Atkinson. Soli Bailey será um dos adversários de Deivid Silva na terceira bateria.

Os outros são o sul-africano Jordy Smith e o italiano Leonardo Fioravanti, que deixou a rabeira do G-10 para Alejo Muniz e já aparece em sétimo lugar. Nas oitavas, ele venceu o confronto que eliminou o potiguar Italo Ferreira. Já Jake Marshall vai fechar as quartas de final junto com outro americano que entrou na briga pelas últimas vagas do QS, Patrick Gudauskas, contra dois australianos, Joel Parkinson e Jack Robinson

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