Incialmente escalado para o US Open, na Califórnia, Filipe Toledo não conseguiu participar da competição devido a um imprevisto familiar. Segundo informou a equipe do atleta, um documento importante de um familiar ficou retido nos Estados Unidos após a etapa em J-Bay, África do Sul, resultando na impossibilidade de retornarem aos Estados Unidos a tempo do brasileiro participar do evento.
Com isso, Filipe chegará mais cedo ao Taiti visando sua preparação para a próxima etapa do CT da World Surf League (WSL), com janela aberta a partir de 11 de agosto, e também para as Olimpíadas de 2024, ambas disputadas na onda de Teahupoo.
Para especialistas, o brasileiro, que atualmente lidera ranking do circuito mundial, pode ser considerado “imbatível” em ondas pequenas e intermediárias, mas precisa evoluir sua performance em ondas pesadas e tubulares, como é o caso do temido pico taitiano.
Em razão dessa situação, Toledo passará as semanas que antecedem a etapa de taitiana do CT treinando com o surfista local Matahi Drollet, um especialista na onda Teahupoo.
Essa parceria já ocorreu em 2018. Naquela época, Filipe era muito criticado pela falta de resultados expressivos em competições realizadas em ondas grandes e pesadas. Até aquele ano, seu melhor resultado no Taiti havia sido um nono lugar, em 2015. Contudo, após sua temporada de treinos com Matahi Drollet, Filipe Todelo fez seu melhor resultado em Teahupoo, ficando com a terceira colocação na etapa daquele ano.
Vale reforçar que já classificado para o Rip Curl Finals Five e para as Olimpíadas, não será, do ponto de vista estratégico, interessante para o brasileiro se arriscar muito na penúltima etapa do CT, correndo o risco de se lesionar e ficar fora da disputa pelo seu segundo título mundial. Nesse sentido, a nova temporada de treinamentos com Matahi Drollet pode ser vista como ainda mais importante do que a competição taitiana da WSL, especialmente para quem almeja o ouro olímpico.
