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Fernando Aguerre nega piscina para surf olímpico em Los Angeles

O presidente da Associação Internacional de Surf (ISA), Fernando Aguerre, confirmou que as competições de surf nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028 continuarão a ser realizadas em ondas naturais, descartando a possibilidade de piscinas de ondas. A declaração foi dada em entrevista ao site uruguaio especializado em surf, Duke.

O presidente explicou que a ideia de usar parques de surf já foi considerada por diversos grupos privados, mas foi rejeitada em todas as ocasiões. “Primeiro, a ISA propôs e nos disseram que não. Depois, vários grupos privados tentaram implementar a piscina em Tóquio e Paris, mas ambas as cidades disseram não. E em Los Angeles, até agora, tem sido tudo um não. Eles querem que seja em ondas naturais”, afirmou.

A questão ganhou força após as Olimpíadas de Paris 2024, onde as condições do mar foram altamente inconstantes durante as finais. No dia decisivo, Gabriel Medina, tricampeão mundial, não conseguiu pegar uma segunda onda em sua bateria da semifinal, pois não veio onda. Na final, o mesmo ocorreu com o australiano Jack Robinson, onde ele só conseguiu colocar uma onda no seu somatório. A falta de ondas também frustrou os fãs que esperavam mais emoção na briga pelo ouro.

Diante dos fatos, alguns dos surfistas mais renomados do mundo, como o tricampeão Gabriel Medina, o bicampeão Filipe Toledo e o onze vezes campeão Kelly Slater defenderam o uso de piscinas de ondas como uma forma de garantir igualdade entre os competidores.

“No surf tem dessas, às vezes o mar dá umas paradas. É ruim perder sem ter oportunidade de performar, mas acontece. É algo recorrente. Acho que a piscina de ondas seria mais justo porque daria oportunidade de todo mundo mostrar o melhor. Em termos de performance, acho que o melhor vence na piscina”, destacou o tricampeão.

Assim como Medina, Toledo comentou o mesmo em entrevista ao AOS Mídia. “A piscina proporciona essa condição do começo ao fim, e no final das contas quem vence é realmente o melhor surfista”, opinou.

Já Kelly Slater argumentou que as ondas artificiais não apenas garantiriam a justiça nas competições, mas também facilitariam a compreensão do esporte pelo público em geral.

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Apesar das questões, Aguerre ressaltou o sucesso do surf nas Olimpíadas de Paris e confirmou que o esporte se tornou permanente no programa olímpico, com presença assegurada nas edições de Los Angeles 2028 e Brisbane 2032. “Surfamos a onda dos Jogos Olímpicos de Paris muito bem, além dos sonhos que tínhamos”, concluiu.

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