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Estudo sugere que surfe está deixando de ser um “esporte de jovens”

Um estudo realizado pela Bond University, na Austrália, aponta para uma mudança significativa no coletivo do surfe, visto até então como um “esporte de jovens”, revelando a participação muito maior de surfistas mais velhos no line-upe, com homens de 45 a 49 anos e mulheres de 35 a 44 anos, puxando as estatísticas.

Isso acontece em um momento em que Kelly Slater, 11 vezes campeão mundial, atualmente com 51 anos, continua desafiando a idade e competindo entre a elite mundial. No entanto, segundo Craig Sims, da Bond University, as empresas precisam estar cientes de que o surfe não é mais um esporte apenas para os jovens.

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Essa tendência clara e atual de envelhecimento nos obriga a aceitar uma declaração importante e abrangente: o surfe não é mais um esporte juvenil inexoravelmente ligado à cultura jovem. Não aceitar essa declaração resultará em marcas de surfe perdendo a oportunidade de estabelecer uma conexão significativa com um segmento importante e em crescimento do seu mercado“, disse Sims.

Estima-se que cerca de 200.000 pessoas (incluindo 78.000 mulheres) tenham começado a praticar o esporte desde o início da Covid. O motivo é que, com academias fechadas ou com restrições, o surfe se apresentou como uma atividade na qual as pessoas poderiam manter a forma e o distanciamento social.

Contudo, o aumento no número de praticantes nem sempre é uma boa notícia. As praias de surfe já estavam lotadas antes da Covid e o aumento trouxe um desequilíbrio nos níveis de habilidade da população de surfistas, mas também significou que não apenas mais surfistas estão mais velhos, mas também mais ricos. No entanto, Sims afirmou que isso também apresenta oportunidades para os negócios:

A maioria das novas piscinas de surfe tem a capacidade de criar ondas tecnicamente desafiadoras, mas geralmente oferecem essas configurações apenas no início e no final do dia, dedicando a maior parte do tempo a configurações para iniciantes e intermediários“, disse Sims. “Também há potencial para operadores de turismo de surfe atrair um novo tipo de cliente, acomodando a demanda por viagens de surfistas sem habilidades para lidar com mares mais desafiadores, normalmente associados a locais de surfe remotos ou exóticos”, completou.

Esse impacto também atinge o mercado de equipamentos: “Estamos ouvindo da indústria que houve um crescimento vertiginoso e inesperado na demanda por equipamentos como pranchas, acessórios e roupas de neoprene, então, a oportunidade está aí.”

Para Sims, o aumento na participação feminina também pode levar a mudanças nas regras de conduta do mundo do surfe orientadas para os homens. Ele acredita que hoje, faixas etárias dos adolescentes, há uma divisão quase igual entre homens e mulheres participantes.

As normas sociais evoluirão à medida que os surfistas se adaptarem a uma participação mais inclusiva, com mais tolerância e respeito demonstrados nas interações entre surfistas do sexo masculino e feminino”, disse Sims. “Uma mudança demográfica significativa está ocorrendo no surfe em relação à idade, habilidade e gênero, e isso provavelmente apresentará desafios e oportunidades para a indústria do surfe. Será importante monitorar o ritmo e a escala dessas mudanças, bem como o impacto provável que terão no status aspiracional do surfe, em suas normas culturais e na demanda por bens e serviços“, concluiu.

Fonte: In Queesland

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