24.4 C
Hale‘iwa
terça-feira, 30 abril, 2024
24.4 C
Hale‘iwa
terça-feira, 30 abril, 2024

Em longa, cineasta dá voz aos negros na comunidade do surfe

Um projeto de longa-metragem angaria fundos para expor e expandir a cultura dos negros: com o título “Black Surfers Concrete Jungle” (Surfistas Negros Floresta de Concreto), na tradução livre, o documentário é do cineasta independente Mosiah Moonsammy, que junto com uma comunidade do surfe em Nova York, expõe sua realidade e visão.

No vídeo abaixo, você conhece Mosiah Moonsammy, que faz filmes há mais de dez anos e conta seus planos para este projeto que é seu primeiro longa. Em próprias palavras, ele combina os seus dois amores – cinema e surfe, para dar vida a este novo projeto.

Confira também: 
+ Afinal, por que há tão poucos surfistas negros?
+ Jojó Olivença comenta baixo número de negros no surf: “Não traduz realidade do país”
+ Congo Project: a prancha que é África, Nordeste e resistência

“Surfo desde criança e lembro de nunca ter visto surfistas negros quando era criança. A ideia de filmar algo sobre surfistas negros surgiu há cerca de seis anos, mas eu queria ser paciente para encontrar a história certa,” ele explica em sua página do gofundme.com.

Moonsammy então encontrou Nigel, um pioneiro em causar impacto cultural em Nova York, e ambos se uniram assim como toda uma comunidade ao redor da dupla, para, como eles dizem, “mudar a narrativa de um esporte masculino dominante e dar aos negros uma nova narrativa de si mesmos”.

“Comecei a surfar por volta dos 9 anos e o skate e o surf estavam em sincronia para mim. Eu adorava fazer essas duas coisas e adorava estar na água. Mas recebi muitas críticas da minha própria comunidade que achava que um menino negro não deveria surfar ou andar de skate. Eu deveria estar jogando bola. Eu deveria estar jogando futebol. E por causa do que me contaram, desenvolvi inseguranças que acabaram me levando a não andar de skate nem surfar,” conta Moonsammy no vídeo abaixo. 

Sua chama cintilou, mas nunca se apagou.

No vídeo ele continua:

“O primeiro amor que tive foi a água… e nunca vi pessoas que se parecessem comigo, então por muito tempo me senti sozinho na água. E foi preciso a descoberta de Rockaway. Encontrei um novo lugar, uma nova casa. Eu vi skatistas negros. Eu vi proprietários negros. Eu vi os construtores. Eu vi as rainhas. Eu vi in-gen-u-idade… e foi lindo. Me senti como se tivesse encontrado um lar… eu não me sentia tão sozinho. Descobri uma nova parte de mim. Eu encontrei comunidade. Eu encontrei a unidade. Eu nos encontrei… e isso me inspirou a voltar para a água e voltar a surfar do jeito que costumava fazer.”

Mosiah conheceu Nigel, o proprietário da Stations em Rockaway Beach. Nigel apresentou Mosiah a uma nova comunidade de surfistas que insuflou vitalidade em uma vida rejeitada e esquecida.

O novo projeto de Mosiah gira em torno de Nigel e sua jornada pelo surf.

Assista abaixo ao clipe do Gofundme do projeto:

Vídeo: YouTube / Mosiah Makes Moves

Clique aqui para saber mais e apoiar o projeto.

Receba nossas Notícias no seu Email

Últimas Notícias