23.9 C
Hale‘iwa
quinta-feira, 25 abril, 2024
23.9 C
Hale‘iwa
quinta-feira, 25 abril, 2024

“O Arpoador parou. E o povo teve muito respeito,” relata fotógrafa sobre a visita do elefante-marinho

Na manhã da segunda-feira (13), um elefante-marinho foi visto próximo às pedras do Arpoador, na Zona Sul do Rio.

A notícia viralizou nos principais portais. Nós da HC conversamos com a fotógrafa carioca Helena Barreto, 43, que estava lá no momento da visita do animal e registrou a imporvável cena.

Abaixo você confere o relato da fotógrafa, que estava na beira da água fotografando por volta das 11h da segunda-feira.

“Ninguém acreditava no que acontecia. Parecia um sonho”

“De repente escuto um berro dizendo ‘Olha aquilo!’. Achei que alguém dizia que poderia ser um tubarão, ou um golfinho, achei que estivessem exagerando, como às vezes as pessoas se assustam, né.

Afinal, já vi de tudo aqui no Arpoador, como raia, tartaruga e golfinho.

De repente vi uma cabeça gigante. Achei que fosse um cachorro enorme. Aí vi o corpo gigantesco do bicho, e achei que fosse um leão marinho, mas depois foi constatado que era um elefante marinho. E fui fotografando.

elefante-marinho
Em primeiro plano, o elefante-marinho. Ao fundo, surfistas incrédulos com a presença do animal. Foto: Helena Barreto

Estava na beira do mar, de pé, no raso. No plano seguinte, o elefante marinho, e no plano de fundo, as crianças da escolinha de surf. Foi uma cena surreal. O Arpoador parou.

Minha sensação é a de que foi um momento de tempo suspenso no ar, ninguém conseguia acreditar que aquilo estava realmente acontecendo. Parecia um sonho.

Primeiro a impressão que as pessoas tiveram foi a de que o bicho estava passando mal e precisando de ajuda.

Até que veio o salva-vidas, mas, sozinho ele não podia fazer nada. E o bicho nadava calmamente bem perto da areia.

“O povo teve muito respeito”

As pessoas foram atrás, ele nadou da direita para a esquerda, em direção as pedras do Arpoador, beirando a pedra, entrou em um recuo (que é muito raso), algumas pessoas chegaram perto, o animal parou momentaneamente e depois partiu.

Dado o que sei que acontece quando os bichos chegam muito perto, o povo teve muito respeito.

Ninguém tentou tocar, nem quis machucar o animal, todo mundo ficou parado e quieto, ninguém entrou em pânico e saiu correndo e gritando, foi mais uma situação de incredulidade e curiosidade pensando como é que o bicho chegou até aqui.

E é isso, no final fiquei com uma sensação boa, de que coisas boas podem estar por vir, e que ainda temos chance de consertar nossos erros e melhorar a situação do mundo.

LEIA TAMBÉM: Pedro Calado: “Arrisco a dizer que foi o melhor swell que peguei no RJ”

Sobre a fotógrafa

Helena trabalha com cinema e aprendeu a surfar com 39 anos. Segundo conta, ela estava há algum tempo sem fotografar surf, mas retornou a retratar o tema a partir do início da pandemia, quando o surf voltou a ser liberado no RJ.

“O cinema parou e as festas e eventos institucionais também e foi aí que voltei a trabalhar com surf. Eu estava na praia ontem, o mar estava muito pequeno e ideal para as aulas de surf.”

Clique aqui e confira o Instagram da fotógrafa. Entre no site aqui.

Receba nossas Notícias no seu Email

Últimas Notícias