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3 de março, Dia Mundial da Vida Selvagem

O Dia Mundial da Vida Selvagem é comemorado todos os anos no dia 3 de março para discutir as ameaças que enfrentam os animais selvagens e a necessidade urgente de governos, sociedade civil, setor privado e indivíduos agirem em prol de sua conservação.

A Terra é lar de inúmeras espécies e a vida selvagem desempenha papel importante no equilíbrio do meio ambiente.

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O tema do Dia Mundial da Vida Selvagem de 2021 é “Florestas e meios de subsistência: sustentando pessoas e o planeta”.

Esse tema destaca a importância social e econômica das florestas na subsistência de centenas de milhões de pessoas, e particularmente de comunidades indígenas e locais em  áreas florestais.

O papel da data, segundo a ONU, será o de “promover modelos e práticas de manejo da vida selvagem e florestal que acomodam o bem-estar humano e a conservação de longo prazo”.

Ao mesmo tempo, o dia lembra a todos a importância de estabelecer mecanismos de fiscalização e combate a crimes ambientais para a preservação animal.

Um estudo da ONG The Nature Conservancy (TNC) mostrou que, em 30 anos, o mundo pode perder até 50% de todas as suas espécies silvestres caso não haja uma maior alocação de recursos para a preservação ambiental.

Atualmente, 25% de todas as espécies do planeta correm risco de extinção nas próximas décadas, segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

Vidas Sob o Mar de Petróleo

Para celebrar e relembrar a todos a importância de mantermos ações coerentes com a preservação, compartilhamos o primeiro de uma série de vídeos intitulada “Vidas Sob o Mar de Petróleo”.

Em seis episódios, a série conta como as comunidades locais se organizaram para enfrentar o vazamento de petróleo que atingiu a costa brasileira em 2019.

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São histórias reais de pescadores, comunidades marisqueiras, voluntários, sociedade civil e universidades que se uniram para minimizar os impactos causados na costa brasileira.
O material foi produzido com base em diversas entrevistas e depoimentos de pessoas que viveram na pele as consequências do vazamento.

O primeiro episódio da série, que você confere abaixo, mostra como o maior desastre ambiental da história do Brasil manchou de petróleo praias de 11 estados brasileiros em 2019.

Segundo dados oficiais, foram 5,3 mil toneladas de resíduos recolhidos da costa do país. O total de petróleo retirado das praias é o suficiente para encher 37 mil barris de 159 litros. Lado a lado, esses barris seriam suficientes para percorrer com sobra toda a muralha da China ou, se empilhados, fazer 123 torres do mesmo tamanho da famosa Torre Eiffel (em Paris).

Porém, esta grande quantidade é só uma fração do total que ficou pelo caminho. Ainda não se sabe quando o vazamento ocorreu, de onde surgiu ou foram identificados seus responsáveis.

“Existem ainda muitos outros enterrados na areia, sobre os corais, como em Japaratinga (AL). Esses fragmentos menores devem continuar a aparecer durante muito tempo. E não sabemos exatamente quanto ainda foi depositado no fundo dos mares e oceanos e nem quando ou como esse material deve chegar,” afirma Clemente Coelho Júnior, biólogo, oceanógrafo e professor adjunto do Instituto de Ciências Biológicas da UPE (Universidade de Pernambuco) e co-fundador do Instituto Bioma Brasil.

Outro impacto difícil de mensurar é o socioambiental. Segundo o oceanógrafo e professor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Luiz Paulo Assad, o Brasil precisa avançar nas medidas de contenção para evitar que uma tragédia similar volte a ocorrer.

“Não podemos entender só como prevenção do ponto de vista da contenção em si. Precisamos ter o entendimento do impacto disso nos diversos sistemas marinhos, nos manguezais, corais e no ecossistema costeiro como um todo. Entender impactos socioeconômicos para as comunidades locais. E outros fatores que nos permitam mapear as suscetibilidades ambientais e social para direcionar os recursos e auxílios”, explica.

Para assistir a todos os episódios da série “Vidas Sob o Mar de Petróleo”, clique aqui.

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