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Corona Bali Protected – Dia 6: estudem baterias de três atletas!

Os oito melhores surfistas do Corona Bali Protected, homens e mulheres, foram definidos na manhã desta quinta-feira (1) em direitas perfeitas de quatro a seis pés em Keramas. Silvana Lima e Tati Weston-Webb seguem na briga, assim como Willian Cardoso, Filipe Toledo e Ítalo Ferreira. Jessé Mendes, Gabriel Medina e Adriano de Souza foram eliminados.

Dois breves destaques antes de analisar os resultados.

Primeiro, se ontem chamava a atenção a presença em massa de brasileiros entre os classificados, as quartas de final devem ser as mais multinacionais da história: Brasil, Taiti, Califórnia, Ilhas Reunião, Austrália e África do Sul estão representados. E o único australiano é um wild card que sequer faz parte dos top 34 – alguém disse “por enquanto”?

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Segundo, os últimos dois dias de competição em Keramas foram espetaculares. Pela qualidade das ondas, pela competitividade nas baterias e pela qualidade do surf apresentado, foram sem sombra de dúvida um produto que a WSL gostou de apresentar para o mundo (tirando o fato de que não tinha a cobertura da TV aberta americana, com gigante a CBS, como foi na Founders Cup, mas ok, suponhamos que o mundo esteja vendo). Se as finais acontecerem em condições semelhantes, a etapa de Keramas terá se mostrado um enorme acerto.

Não vamos esquecer que os primeiros dias tiveram momentos sofríveis, com baterias que podem definir o ano de um atleta profissional decididas em condições ruins. Como otimizar o tempo e correr o campeonato todo em condições ótimas? É provável que os próprios surfistas se oponham fortemente a isso, mas a redução do número de atletas na elite parece uma ideia razoável – é só ver o evento feminino, muito mais ágil que o masculino.

Gabriel se viu em situação atípica no fim da bateria: perdeu corrida de remada para Jordy, ficou com a última prioridade e tinha menos de um minuto para fazer uma nota decente e virar. Não deu certo (WSL/Cestari)

Agora sim às baterias. O dia de hoje serviu como um alerta a todos os competidores: aprendam a surfar baterias de vida ou morte com três atletas na água. A eliminação da segunda repescagem trouxe essa novidade tática. Mas já estamos na quarta etapa do ano e alguns surfistas ainda não parecem completamente acostumados com a ideia.

Talvez seja o caso de Gabriel Medina, eliminação mais surpreendente e mais importante do dia. Entre trocas constantes de posições com Jeremy Flores e Jordy Smith, Gabriel de repente se viu no último lugar, precisando de uma nota na casa dos cinco pontos, com a última prioridade dos três e a menos de um minuto do fim. Nada deu muito certo para o brasileiro na bateria. Em uma nota que poderia muito bem ser um high score, Gabriel caiu na finalização. Tivesse completado, estaria nas quartas. Mas não foi só aquela manobra. Nunca é. Medina não só não vai subir no ranking como será possivelmente ameaçado por Michel Bourez.

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Willian Cardoso está encontrando o lugar certo da onda para soltar as patadas. Enquanto Michel Bourez dava um show à parte, com as quatro melhores ondas da bateria, Panda levou vantagem clara na troca de golpes com Jessé Mendes, ainda que o guarujaense não tenha ido mal. Willian vai enfrentar Mikey Wright nas quartas.

Mikey venceu a segunda bateria do dia após uma incessante troca de notas entre ele, Griffin Colapinto e Adrian Buchan. Adrian começou bem e, contando com seu entrosamento com o pessoal do palanque, parecia destinado a avançar. Acabou ofuscado pelo surf mais moderno e variado de seus dois concorrentes.

Ítalo não sabia, mas em cinco minutos já tinha fechado a conta da última bateria do dia. Filipe e Adriano passaram o resto do duelo trocando boas ondas entre si. Adriano decolou a uma altura absurda em um aéreo sem rotação, o que nos deixa extremamente curiosos pensando sobre a nota caso ele tivesse completado. Filipe exibiu toda sua velocidade, agressividade, repertório. Adriano respondeu com as mesmas armas. Filipe passou por pouco, mas Mineiro com certeza saiu feliz com o surf apresentado.

No começo do dia, Tatiana Weston-Webb viu Tyler Wright disparar na liderança de sua bateria. Mas conseguiu dominar Coco Ho durante todo o duelo e avançou sem sustos na segunda posição.

Silvana não passou assim tão tranquilamente. Enquanto Steph passou o duelo inteiro, praticamente, na primeira posição, ela e a australiana Keely Andrew não conseguiram chegar aos dois dígitos. Kelly precisava de um 4,38 para virar. A onda não veio e Silvana vai às quartas pela terceira vez no ano.

Resultados do Corona Bali Protected

Round 3 feminino
1: 
Tyler Wright (AUS) 14.93 def. Tatiana Weston-Webb (BRA) 12.33, Coco Ho (HAW) 8.57  

2: Stephanie Gilmore (AUS) 11.40 def. Silvana Lima (BRA) 9.54, Keely Andrew (AUS) 8.50  
3: Lakey Peterson (USA) 15.03 def. Caroline Marks (USA) 15.00, Sage Erickson (USA) 11.67  4: Sally Fitzgibbons (AUS) 15.93 def. Malia Manuel (HAW) 14.00, Carissa Moore (HAW) 13.83

Baterias das quartas de final
1: Tyler Wright (AUS) vs. Silvana Lima (BRA)  
2: Stephanie Gilmore (AUS) vs. Tatiana Weston-Webb (BRA) 
3: Lakey Peterson (USA) vs. Malia Manuel (HAW)  
4: Sally Fitzgibbons (AUS) vs. Caroline Marks (USA) 

Round 4 masculino:
1: Michel Bourez (PYF) 17.00 def. Willian Cardoso (BRA) 13.60, Jesse Mendes (BRA) 11.66  
2: Mikey Wright (AUS) 15.80 def. Griffin Colapinto (USA) 13.73, Adrian Buchan (AUS) 12.50 
3: Jordy Smith (ZAF) 11.76 def. Jeremy Flores (FRA) 11.70, Gabriel Medina (BRA) 10.76  
4: Italo Ferreira (BRA) 17.00 def. Filipe Toledo (BRA) 13.87, Adriano de Souza (BRA) 13.16

Baterias das quartas de final
1:
 Michel Bourez (PYF) vs. Griffin Colapinto (USA)  

2: Mikey Wright (AUS) vs. Willian Cardoso (BRA)  
3: Jordy Smith (ZAF) vs. Filipe Toledo (BRA)
4: Italo Ferreira (BRA) vs. Jeremy Flores (FRA)

 

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