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COB testa localização estratégica em Teahupo’o para surfistas em Paris-2024

Segundo apurado pelo colunista Demétrio Vecchioli, do portal UOL, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) decidiu não utilizar a vila de atletas oferecida pela organização para hospedar os surfistas brasileiros que irão competir nos Jogos Olímpicos de Paris. Em vez disso, eles ficarão em uma casa de praia, que será testada durante a última etapa da temporada da World Surf League (WSL). Essa escolha se deve ao fato de que a competição de surfe em Paris-2024 será realizada em Teahupo’o, no Taiti, uma localização distante e praticamente do outro lado do mundo.

O COB realizou pesquisas no local e constatou que a vila oferecida pelo Comitê Organizador estava mais afastada da praia do que o ideal. Além disso, eles acreditam que a proximidade visual com a praia é um diferencial esportivo para os atletas, permitindo que eles avaliem constantemente as condições do mar e das ondas.

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Essa estratégia já foi bem-sucedida nos Jogos de Tóquio, quando a competição ocorreu na praia de Tsurigasaki. A equipe brasileira ficou hospedada em uma casa à beira-mar, o que foi vantajoso para atletas como Italo Ferreira, que contava com um colega para auxiliá-lo na análise das ondas. “Poder checar as condições do mar, do vento e das variações de maré são fatores muito importantes para a modalidade. Entendemos que proporcionar a possibilidade de os atletas estarem conectados com as condições locais é uma vantagem competitiva grande“, explicou o COB ao colunista do UOL.

Segundo o COB, a casa será exclusiva da delegação brasileira e terá capacidade para acomodar confortavelmente todos os atletas e equipes multidisciplinares, fortalecendo o espírito de equipe. No surfe, apesar de a legião de brasileiros ser conhecida como Brazilian Storm, os atletas competem como indivíduos e não como parte de uma equipe, com exceção dos Jogos Mundiais de Praia.

A utilização das instalações no Taiti será testada durante a etapa da WSL em Teahupo’o, que acontecerá em agosto, durante duas semanas. O COB enviará uma equipe operacional para planejar o funcionamento da operação, como a localização do supermercado mais próximo, transporte e os tipos de alimentos disponíveis. “A ideia é chegarmos antes do início da etapa com a infraestrutura, operação e o chef brasileiro que trabalhou com o COB em Tóquio para montar toda essa operação no local e receber os atletas classificados para essa etapa da WSL“, explicou o comitê.

Essa estrutura já será testada na etapa da WSL deste ano, em que o COB fornecerá hospedagem na casa, alimentação, vídeo-análise, jet-ski para resgate, barco de apoio e transporte entre o aeroporto e a casa. O torneio poderá definir os dois classificados do Brasil para as Olimpíadas no masculino. O país tem duas vagas garantidas pelo ranking da WSL, atualmente ocupadas por João Chumbinho, líder do circuito, e Filipe Toledo, vice-líder. Caso mais de dois brasileiros avancem entre os cinco primeiros colocados no ranking que se classificam para a WSL Finals, a disputa será decidida nesta etapa final.

Antes da competição no Taiti, ainda serão realizadas mais quatro etapas da WSL: no Surf Ranch (Califórnia), no final deste mês; em Punta Roca (El Salvador) e Saquarema (RJ) em junho; e em Jeffreys Bay (África do Sul) em julho. As informações foram extraídas da coluna do jornalista Demétrio Vecchioli, no portal UOL.

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