A oitava etapa do circuito mundial de surf da WSL já terminou (confira), mas a polêmica bateria de Gabriel Medina e o local Tanner Gudauskas continua a reverberar na grande rede.
Depois do jornalista Ricardo Bocão e de surfistas como Jeremy Flores e Kelly Slater emitirem suas opiniões (aqui e aqui), além do padrasto e técnico do campeão mundial de 2014, Charles Saldanha (aqui)l; os dois ex-surfistas profissionais, os australianos Cheyne Horan e Jake Paterson, vieram a público falar sobre o assunto.

Em seu Instagram, Horan gravou um vídeo em que fala do absurdo que foi o julgamento em Trestles. Confira a tradução adaptada de um trecho da fala de Horan:
“Os juízes cometeram um grande escrutínio em Trestles. Cometeram grande engano naquela bateria do Medina e do Tanner Gudauskas. Eles deveriam ter dado a nota para Gabriel Medina, ele deveria ter avançado e seguido em frente na disputa pelo título mundial – e poderia até ter ganhado no final,” exclama o vice-campeão mundial de surf de 1978, 1979, 1981 e 1982.
No final, mandou um recado para os juízes: “Façam um favor para todos nós. Julguem exatamente de acordo com o que acontece na frente de vocês. Todos nós estamos assistindo e julgando”, comenta.
JAKE PATERSON: “AINDA NÃO ENTENDO COMO GABS PERDEU”
O australiano Jake Paterson, ex-competidor do tour mundial e detentor de um título do Pipe Masters, também não se conteve.
Em matéria publicada na revista australiana Stab, ele começa o texto da seguinte maneira:
“Por onde começamos com esse evento? O melhor a se fazer primeiro é encontrar o elefante branco na sala – o julgamento. Meu deus, esses caras foram terríveis! Depois de ter elogiado os juízes pelo último evento, vou ter de retirar tudo que disse.”
Na sequência, analisa a bateria de Medina e Tanner:
“Ok, para ser justo, todos podem ter diferentes opiniões e podem torces para os caras que eles acham que deveriam vences, mas eu nunca vi todo mundo partilhar a mesma opinião com o que rolou na bateria de Tanner e Medina. Eu assisti várias vezes ao confronto e ainda não entendo como Gabs perdeu. Sim, Tanner surfou muito e talvez os juízes nunca tenho visto ele surfar tão bem; será essa a razão pela qual toda nota de Tanner tenha sido acima dos 8,4? Para mim o 8,3 de Gabs foi tão bom, senão melhor, do que sua primeira onda (8,8; que já foi boa) e acho que a maioria das pessoas pensa o mesmo.”
Paterson ainda cita os comentários de Jeremy Flores e critica a falta de critério de julgamento: “O problema é que os melhores surfistas do mundo fazem o difícil parecer fácil, e os juízes esperam mais dos melhores. Com Trestles sendo a parada que exige mais alta performance, tenho certeza que metade do tour está quebrando a cabeça para tentar entender qual foi o critério”.
A próxima etapa do tour acontece na França, de 4 a 15 de outubro, e tem Gabriel Medina como defensor do título. “Espero que os juízes acertem dessa vez,” escreveu Paterson no final do seu texto.
Leia na íntegra aqui.