Quando Carlos Bahia e Marcio Grillo receberam um convite para uma surf trip relâmpago para El Salvador, não imaginavam a sorte que teriam.
Localizado no coração da América Central, o país é mundialmente conhecido como o “paraíso das direitas”, por conta da grande quantidade de picos perfeitos quebrando nessa direção.
Contudo, como muitos outros lugares, o crowd tornou-se uma realidade em El Salvador e nem sempre é possível desfrutar essa joia com apenas alguns amigos.
Com a pandemia de Covid-19, El Salvador foi um dos primeiros países a fechar suas fronteiras e impor um regime rígido de quarentena.
Todavia, uma vez controlada a evolução da doença por lá, as fronteiras novamente se abriram e com uma atenção especial ao surf.
O governo de El Salvador recentemente priorizou o surfe com uma especialidade turística, e tem investido forte no setor.
Portanto, nada mais natural do que ao abrir suas fronteiras novamente que tratar bem os surfistas que ali desejam estar.
El Salvador sem crowd
Acompanhados de um grupo de amigos, Carlos Bahia e Marcio Grillo ficaram, ao todo, cinco dias no país.
Dessa forma, eles surfaram picos como El Sunzal, El Zonte, Km 59 e La Liberdad, com quase ninguém na água.
“Algumas vezes éramos só nós na água”, conta Carlos Bahia, que aproveitou a oportunidade para lapidar sua linha clássica nas longas direitas de Sunzal.
Muita gente ainda não sabe que as fronteiras de El Salvador estão abertas para o surf, e por esse motivo, os brasileiros encontraram ondas vazias.
“Realmente o lugar dá altas ondas. A gente está acostumado com Maresias, que é uma onda pesada e muito rápida e chegar aqui e encontrar essas paredes perfeitas e com pouca gente na água é demais”, revela Marcio Grillo.
Ao final de cinco dias de muito surf, o retorno pra casa veio com aquela sensação de que dificilmente encontrarão El Salvador com as mesmas condições.
Mas, a vida é feita de momentos. E sorte daqueles que tem consciência para aproveitar aqueles que serão inesquecíveis.