Caetano Veloso iniciou um processo indenizatório contra a marca de moda Osklen e seu fundador, Oskar Metsavaht. A ação legal foi motivada pelo uso não autorizado da imagem do artista e elementos culturais do movimento Tropicália na nova coleção da marca. Caetano está buscando uma indenização de R$ 1,3 milhão pelos danos causados.
O cantor afirma que nunca concedeu autorização para o uso de sua imagem ou de sua obra em campanhas publicitárias. A surpresa se deu quando ele se deparou com a campanha da Osklen, que incorporava elementos do icônico movimento Tropicália, uma das expressões mais marcantes de sua criação artística.
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A notificação extrajudicial de Caetano Veloso à Osklen ocorreu em agosto, conforme revelado pelo jornalista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, na última segunda-feira (4/12). Segundo o colunista, a equipe legal do músico está pleiteando uma compensação de R$ 300 mil por danos morais e R$ 1 milhão por danos materiais, totalizando a indenização de R$ 1,3 milhão.
Os advogados do artista afirmam que a marca se apropriou indevidamente da imagem do cantor e do movimento que ele ajudou a criar, visando impulsionar as vendas de uma coleção de roupas com a imagem de Caetano Veloso. Eles alegam que a Osklen buscou obter vantagens de maneira ilícita, utilizando-se de forma notoriamente parasitária.
Na ação judicial, os representantes legais de Caetano protocolaram diversos requerimentos. Em primeiro lugar, solicitaram uma medida liminar para que a Osklen retire de circulação todos os produtos que façam referência ao músico e ao movimento Tropicália. Além disso, pediram a exclusão das publicações feitas nas redes sociais da empresa.
Fundada em 1998 pelo médico, surfista e snowboarder Oskar Metsavaht, a Osklen é uma das mais bem-sucedidas marcas de moda brasileiras, com um faturamento estimado de 500 milhões de reais e 75 lojas no Brasil, além de Tóquio, Nova York, Miami, Mykonos e Punta Del Este.
Segundo apurado por O Globo Metsavaht recebeu como “surpresa e decepção” a notícia do processo e que o assunto será tratado “dentro das instâncias devidas”. No entanto, até o momento, a Osklen não se manifestou publicamente sobre o caso.