“Recentemente finalizei um vídeo para o hand shaper Bruno Altieri, aqui de Florianópolis, com imagens de seu processo de criação e também do atleta Michael Rodrigues testando uma de suas pranchas na Indonésia”, conta o filmmaker Fabiano Sperotto, de Florianópolis, SC.
Play no vídeo! Abaixo você confere o texto do shaper, sobre o processo do hand shape e a relação com o seu processo artesanal:
“Resgatar a essência do surf, pressupõe contar, recontar e visitar por diversos ângulos a sua história mantendo vivas as suas tradições. Uma dessas tradições, é a artesania de modelagem de pranchas de surf, o Hand Shape. Em um cenário cada vez mais tecnológico, voltado para a produção em larga escala, dedicar-se à produção artesanal de pranchas de surf é questionar a hegemonia da cultura de massa que invadiu este esporte. É propor uma retomada à tradição, na qual o hand shaper era /é um encarnador de pranchas, aquele que, a partir de um bloco de espuma expandida, dá forma a aspirações, a experiências de vida e constrói uma ponte entre o surfista e a origem de tudo – o Mar. A proposta artesanal, não pressupõe o abandono da tecnologia, pelo contrário. O hand shaper coloca a ciência e a tecnologia a seu serviço, como elementos que ampliam as possibilidades da alma, do cérebro e da mão humana, lhe permitindo que projetos, desejos e sentimentos se materializem nesse instrumento singular, a prancha de surf”, conta Bruno Altieri.
SOBRE O SHAPER
Bruno Altieri é surfista, skatista e radicado em Floripa há vários anos. Tem raízes interligadas ao seu pai, artista plástico, Lucio Altieri, do qual herdou um senso estético refinado. Sua história como shaper ganha vida das conversas de varanda com o longboarder Daniel Vieira da Silva (1956), na Guarda do Embaú onde em meados dos anos 1970 até 1980, viveu como hand shaper; trabalhou na Hupsel Surfboards. Hoje é a Altieri Hand Shape, quem produz as pranchas personalizadas e de forma única para cada cliente.
