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Bicampeã mundial Tyler Wright recorre a cirurgia para respirar melhor

Em entrevista após a vitória na bateria contra a estreante Alyssa Spencer durante o CT de Portugal, a bicampeã mundial Tyler Wright revelou que passou por uma importante cirurgia para expandir suas vias respiratórias. A australiana, que vinha sofrendo com fadiga crônica e dificuldades para respirar, finalmente encontrou a causa de seus problemas: suas vias respiratórias eram muito pequenas.

“Coloquei sete parafusos na cabeça, medindo entre 9 e 17 milímetros”, revelou Tyler. “Descobri que a maior parte do tempo estou desoxigenada e meio asfixiada”, explicou.

A mudança no visual de Tyler Wright entre as temporadas também chamou a atenção. A surfista foi vista com os dentes separados e usando aparelhos, o que dificultava sua fala.

“Meus médicos e especialistas não sabem como eu conseguia competir nesse estado”, completou.

A cirurgia, realizada durante as férias do circuito, consistiu em expandir as vias respiratórias da surfista e, segundo ela, foi um sucesso. “Honestamente, me sinto mais saudável do que nunca”, disse Tyler. “É um processo que ainda está em andamento, mas essa foi a primeira etapa de um longo caminho”, salientou.

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Inicialmente, ela esperava adiar o procedimento cirúrgico para depois das Olimpíadas de Paris 2024, mas os médicos a aconselharam contra isso, afirmando a necessidade de realizá-lo o quanto antes.

A condição de saúde da atleta certamente teve um impacto negativo em sua performance nas competições. A falta de oxigenação a deixava cansada e sem energia, dificultando seu desempenho.

Com a trajetória marcada por grandes conquistas e desafios, a australiana também já passou por outras questões sérias de saúde. Em 2018, durante a etapa do mundial na África do Sul, ela contraiu o vírus Influenza A, que depois desencadeou uma série de problemas neurológicos conhecidos como síndrome pós-viral. Com o organismo debilitado e lutando contra uma infecção, Wright ficou acamada por longos 14 meses e só voltou a competir em tempo integral em 2021.

Durante o período, a bicampeã teve uma série de crises emocionais, perda de memória e função cerebral limitada. Ela teve que fazer um longo trabalho para conseguir voltar a se locomover e depois a surfar.

Agora, com a cirurgia das vias aéreas feita, espera-se que Tyler possa voltar a competir em seu melhor nível mais uma vez. A atleta parece estar confiante e motivada para retornar ao topo do pódio e para competir nas Olimpíadas de Paris 2024.

Quanto a etapa portuguesa, ela enfrentará a brasileira Tati Weston-Webb na semifinal.

 

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