Em uma sexta-feira (1º) de boas ondas na Praia do Tombo, o CBSurf Rip Curl Grom Search teve um alto nível nas ondas e um título nacional inédito. Aysha Ratto, do Rio de Janeiro, é a campeã brasileira Sub-18.
O segundo dia da etapa decisiva teve boas ondas de meio metro com séries maiores, permitindo esquerdas e direitas bem formadas para combinações de manobras e aéreos que animaram todos os surfistas. O mar manteve a qualidade ao longo do dia, ganhando tamanho e chegando a 1 metro nas séries, mesmo após a entrada do vento.
Com um total 36 baterias disputadas, o evento teve disputas intensas nas categorias Sub-18 Masculino e Sub-18 Feminino, enquanto os atletas buscavam os títulos nacionais e vagas na Seleção Brasileira Júnior de 2025.
Sub-18-feminino
Na categoria Sub-18 Feminino, as semifinais começaram com boas condições para as competidoras. Maria Eduarda, surfista da Rip Curl que começou a etapa na quarta colocação do ranking, manteve o desempenho positivo de ontem, avançando em primeiro lugar em sua bateria e garantindo vaga na final.
Na mesma bateria, Aysha Ratto, líder do ranking, batalhou pela segunda colocação e garantiu seu lugar na final.
Aysha avançou para a final, mas não sabia que o seu principal objetivo estava prestes a ser alcançado. Na bateria seguinte, sua principal adversária, Analu Silva, não avançou e deixou o título brasileiro nas mãos da Aysha.
“Ser campeã brasileira pela primeira vez… nem estou acreditando ainda, é muita emoção! Sempre batalhei por isso. Foi um ano um pouco difícil pra mim, e minha psicóloga acompanhou tudo comigo, então esse resultado é muito importante. Estou muito agradecida a Deus, à minha equipe, ao meu treinador Rafael, ao treinador da equipe do Rio, Leandro Bastos, e a toda a equipe do Rio também. Agora é aproveitar o momento, mas foco total, que ainda tem uma final. Nada de brincadeira, vamos com tudo!”
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A final do Sub-18 Feminino promete ser intensa, com Aysha Ratto, Maria Eduarda, Carol Bastides e Alexia Monteiro disputando o título da etapa e encerrando o dia com uma bateria cheia de expectativas.
Sub-18 masculino
O dia começou com a 3ª fase do Sub-18 Masculino em uma bateria forte na Sub-18 Masculino, reunindo três surfistas do Rio de Janeiro e um de São Paulo, equipes que ocupam as duas primeiras posições no ranking estadual. Guilherme Lemos, representante do Rio de Janeiro, se destacou, abrindo o dia com uma onda de 7 pontos e outra de 6,83, somando 13,83 – o maior somatório da categoria no dia. Já Matheus Neves, representante de São Paulo que entrou na competição como quarto colocado no ranking, conseguiu passar em segundo, mantendo suas chances de título e ajudando a equipe paulista no ranking por estados.
Na bateria seguinte, o líder do ranking Anuar Chiah entrou contra Arthur Vilar, terceiro no ranking, e os alternates Ryan Martins e Yuri Gabryel. Anuar liderou até os minutos finais, mas foi surpreendido quando Ryan fez uma forte manobra na junção, obtendo 5,83 pontos e assumindo a liderança, seguido por Yuri, que acertou um aéreo reverse e garantiu a segunda colocação. Com isso, Anuar e Arthur foram eliminados, deixando a corrida pelo título mais aberta para Luan Ferreyra e Matheus Neves.
Anuar, que parou na 3ª fase, agora fica torcendo da areia na final e ainda tem chances de ser campeão graças aos ótimos resultados nas duas primeiras etapas. Mesmo com a derrota precoce do líder, Luan Ferreyra e Matheus Neves precisam vencer a etapa para conquistarem o título brasileiro Sub-18 masculino.
Em seguida, Luan Ferreyra, ainda mais motivado após a eliminação do líder, entrou com tudo em sua bateria, somando dois 6,67 com um aéreo de frontside e um combo de manobras. Luan ficou com o segundo melhor somatório da manhã e avançou com segurança.
Nas semifinais, Luan garantiu vaga na final ao vencer sua bateria com mais um aéreo de frontside e saiu da água confiante.
O alternate Yuri Gabryel avançou em segundo lugar, eliminando Guilherme Lemos com a maior nota da categoria até o momento, um 7.83.
Enquanto isso, Matheus Neves (SP), também focado em suas chances de título, dominou a bateria seguinte da semifinal com um somatório sólido e avançou para a final.
A final masculina da Sub-18 promete muita emoção decidindo tanto o título de campeão brasileiro quanto o da etapa, e reúne Luan Ferreyra, em busca do seu bicampeonato consecutivo da categoria; o paulista Matheus Neves, destaque desde os treinos e determinado a surpreender na corrida pelo título brasileiro, Kailani Renno, também de São Paulo e muito consistente na competição, e o catarinense Agora é aproveitar o momento, mas foco total, que ainda tem uma final. Nada de brincadeira, vamos com tudo!, que chegou como alternate e derrubou grandes nomes. Com representantes do Nordeste, Sul e Sudeste, a disputa promete ser acirrada como tem sido toda a etapa.
Sub-16 feminino
Após os momentos decisivos da Sub-18, foi a vez da categoria Sub-16 Feminino entrar na água. A primeira bateria começou às 9h30, com um pouco mais de vento, mas ainda proporcionando ondas de até 1 metro nas séries.
Maria Eduarda, surfista baiana de 16 anos e finalista do Sub-18, também está bem colocada no Sub-16, ocupando a quarta posição no ranking. Ela manteve o ritmo forte e avançou em primeiro lugar, com um somatório de 10.10 pontos, o segundo melhor da primeira fase.
Na segunda fase, Maria Eduarda seguiu vencendo. Até o momento, ela ganhou as cinco baterias que disputou no campeonato. Em uma série de baterias intensas, a surfista mostrou foco para buscar uma possível dobradinha, tentando ser campeã tanto da Sub-16 quanto da Sub-18.
A disputa pelo título está acirrada entre Carol Bastides, local de São Paulo e vencedora das duas primeiras etapas, e Luara Mandelli, do Paraná. Carol, por competir em casa, é vista como favorita, mas Luara, vice nas etapas anteriores, continua com força.
Na segunda fase, Carol seguiu mostrando o conhecimento local ao marcar 10.83 pontos e avançar em primeiro, o segundo melhor somatório do dia na categoria.
Na primeira fase, Luara Mandelli, do Paraná, venceu uma bateria disputada e de notas baixas, mostrando sua resiliência após a frustração da eliminação na Sub-18 ontem.
Na segunda bateria, Luara aumentou suas pontuações, mas avançou em segundo lugar, ainda garantindo sua vaga nas fases finais.
Com Carol e Luara na disputa direta pelo título, o cenário segue indefinido: Carol se sagra campeã se alcançar, no mínimo, a terceira colocação. Caso Luara vença, ela precisará que Carol fique até a quarta posição para ser a campeã da temporada.
Sub-16 masculino
A Sub-16 Masculina foi um show de surfe com baterias de alto nível aproveitando as boas ondas que chegavam a 1 metro na série. O desempenho dos atletas trouxe alguns dos melhores somatórios e notas do evento até agora.
A primeira fase da categoria começou com um resultado decisivo: Levi Silva, vice-líder do ranking e representante da Paraíba, não conseguiu se encontrar no mar em uma bateria bastante disputada. Ele terminou em quarto lugar, dando adeus às chances de título.
Com a eliminação de Levi, a liderança do circuito passou a ser disputada entre Arthur Vilar e Bryan Almeida. Arthur lidera o ranking com uma vitória e um segundo lugar nas duas primeiras etapas, enquanto Bryan, local do Guarujá e representante de São Paulo, teve uma manhã de emoções intensas.
Na primeira bateria do dia, Bryan garantiu a classificação em segundo lugar com um somatório de 10.40 pontos, enquanto seu adversário Kalani Robles, também de São Paulo, brilhou ao somar 12.77 pontos com uma onda de destaque, recebendo 7.60. Passar em segundo nunca é a situação mais confortável, mas Bryan seguiu confiante.
Na segunda fase, Bryan protagonizou um dos momentos mais emocionantes do dia. Até os três minutos finais, ele estava em terceiro lugar, praticamente deixando o caminho livre para Arthur Vilar na disputa pelo título. Mas, com uma direita bem aproveitada e um surfe forte de backside, Bryan realizou um combo de duas batidas e recebeu um 5.23, virando a bateria e garantindo a vitória. A vibração do atleta e da torcida paulista foi intensa, e Bryan segue firme na busca pelo título em casa.
Arthur Vilar, líder do ranking, não pareceu sentir a pressão da disputa pelo título e venceu sua primeira bateria com tranquilidade. Apesar da bateria de somatórios baixos, Arthur garantiu a liderança com um surfe consistente, exibindo maturidade na competição.
Após a passagem pela primeira fase, o surfista de 13 anos entrou novamente para competir e mostrou por que lidera o ranking. Na segunda fase, Arthur pegou apenas quatro ondas, mas dominou completamente a bateria e registrou o somatório de 13.10 pontos. Sua performance foi coroada com o primeiro high score do campeonato e maior nota até o momento, um impressionante 8.0, resultado de uma manobra explosiva na junção que impressionou todos na praia pela força e controle.
A competição na Sub-16 masculina está ainda mais emocionante com Bryan Almeida e Arthur Vilar se enfrentando diretamente na mesma bateria da 3ª fase. Bryan tenta frear a vantagem de Arthur no campeonato, enquanto o jovem potiguar busca manter a liderança na corrida pelo título. Ambos os surfistas têm a chance de avançar juntos e continuar a disputa intensa bateria a bateria.
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Progrmação do sábado (2)
O cronograma dl terceiro dia inclui até 38 baterias de 15 minutos, um dia intenso com a possibilidade de coroar novos campeões brasileiros.
O dia começará com a última bateria da 2ª fase do Sub-16 Masculino, seguida pelas semifinais do Sub-16 Feminino e a 3ª fase do Sub-16 Masculino.
O Sub-14 entra em cena a partir da 1ª fase feminina, seguido pelas semifinais do Sub-16 masculino e do Sub-14 feminino e depois é a vez de começar a categoria Sub-14 Masculino.
A programação também prevê as baterias iniciais do Sub-12 feminino e masculino, além da 2ª fase do e semifinais do Sub-14 masculino.