As condições do mar melhoraram na arena olímpica do surf no Taiti. Para comprovar, separamos as 10 melhores fotos dos brasileiros no segundo dia de treinos em Teahupo’o. A atual ondulação atingindo o arquipélago da Polinésia Francesa ainda está longe de proporcionar os tubos sinistros que fazem a fama do pico. Mas foi possível dizer que em alguns momentos entraram séries com força e tamanho suficientes para já dar aquela acelerada nos batimentos cardíacos. De leve, e principalmente para os que tem pouca familiaridade com ondas tão ocas e rápidas quebrando sobre uma rasa bancada de coral. Para estes o mar estava ideal para uma ambientação gradual.
Gabriel Medina encontrou mais espaço dentro dos tubos do que no primeiro treino. Para ele quanto maior melhor. Foto: ISA / Pablo Jimenez
São poucos aqueles que – entre os 48 surfistas, 24 homens e 24 mulheres, que irão defender as bandeiras de 21 países – já se testaram em Teahupo’o em condições realmente extremas. E pelo que a previsão indica nesse momento, talvez essas ondas mortais não entrem durante a janela da competição, que vai de 27 de julho a 5 de agosto. Ainda é cedo para bater o martelo no que vai acontecer, mas caso as ondas não passem dos 6 pés em dias de ventos favoráveis, o que é um dos cenários possíveis, a disputa pelas medalhas de ouro, prata e bronze ficaria muito mais aberta.
Tati cravou a borda para demonstrar sua versatilidade em qualquer tipo de condição que venha se apresentar durante a competição. Foto: ISA / Pablo Jimenez
Para o Brasil ondas pequenas ou médias não seria a melhor situação, já que três de nossos representantes tem plena capacidade de encarar Teahupo’o no seu limite de tamanho para a remada. Gabriel Medina, João Chianca e Tati Weston-Webb com certeza gostariam de ver um swell potente quebrando durante suas baterias. Por outro lado, caso o mar não suba de verdade, as chances de Filipe Toledo crescem, à medida que manobras, e não tubos, passem a ser decisivos no caso de um Teahupo’o menos nervoso. Tainá Hinckel e Luana Silva provavelmente também se favoreceriam de ondas mais amenas.
Se depender das ondas que vem surfando até agora e dos sorrisos distribuídos, é possível dizer que Filipe Toledo superou a fase difícil pela qual vinha passando e está pronto para a disputa olímpica. Foto: ISA / Pablo Jimenez
Durante os dias que antecedem o início da janela para a prova, os atletas estão se beneficiando de ter o pico fechado para eles das 6h às 16h30. No segundo dia de treinos o time brasileiro fez bonito, com seus surfistas entre os que mais chamaram atenção na água. Mostraram muita disposição, versatilidade, alegria e espírito de equipe, com todos se apoiando. Treinamento não ganha competição, mas o aumento de confiança ajuda muito.
+10 curiosidades sobre o surf nos Jogos Olímpicos
Luana Silva soube escolher as ondas certas para encontrar o que todos buscam em Teahupo’o. Foto: ISA / Pablo Jimenez
Tainá Hinckel desfrutou de momentos perfeitos como esse e vem ganhando confiança a cada onda surfada. Foto: ISA / Pablo Jimenez
A Medina Airlines também marcou presença no treino em Teahupo’o sobrevoando o pico. Foto: ISA / Pablo Jimenez
Nada que se compare com sua histórica nota 10 no Shiseido Tahiti Pro no mês passado, mas assim mesmo Tati pode sentir o gosto especial de se entocar num belo canudo azul em Teahupo’o. Foto: ISA / Pablo Jimenez
Filipe Toledo estava buscando os tubos, mas não economizou no surf de borda. Foto: ISA / Pablo Jimenez
Um dos principais atributos de Gabriel Medina está na velocidade que consegue imprimir à sua prancha, como ficou explicito no segundo dia de treino. Foto: ISA / Pablo Jimenez