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As diferentes faces da onda olímpica de Teahupo’o

Faltam menos de uma semana para a abertura do surf nos Jogos Olímpicos, e a ansiedade entre os amantes do esporte só cresce. A bancada de Teahupo’o, no Taiti, palco do evento, muitas vezes descrita como “a onda mais perigosa do mundo”, “assustadora” e até mesmo “monstruosa”, é, de fato, uma onda que impõe respeito, mas também uma onda com diferentes faces.

A verdade é que Teahupo’o é uma onda mais versátil do se imagina: pode ser pequena e perfeita, parecendo até um pointbreak. Em outras ocasiões, pode até formar um pico que quebra para a direita, quebrando sobre águas rasas. Claro, a joia taitiana, como sabemos, também pode ser aterrorizante e traumática para quem se propõe encará-la. Mas o fato é que, no dia a dia, o pico tende a ser mais “amigável” do que desafiador.

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Entender essas mudanças de humor da bancada é crucial para os surfistas que buscam a medalha nos Jogos Olímpicos e nesse sentido, compreender os efeitos da direção do swell tem um papel preponderante.

Swell de sul-sudoeste: Age como um pointbreak clássico e tubular, com paredes mais manobráveis e “amigáveis”.

Swell de sudoeste: Teahupo’o em sua versão mais famosa: mar pesado e quadrado que vimos em eventos históricos da WSL por lá. Quando atinge todo seu potencial, cria condições impressionantes, como o swell código vermelho.

Swell de sudoeste com influência de oeste: algumas ondas entram mais no inside e terminam se transformando em um tubo bem amplo, quebrando sobre o recife raso.

Swell predominantemente de oeste: Tende a fechar mais, tornando a onda mais pesada e o drop mais difícil. Algumas ondas tendem a fechar mais e se juntar à onda que quebra atravessando o canal.

Previsão de ondas do Surfline para Teahupo’o durante a janela olímpica

Segundo a previsão “long range” do site Surfline, referência mundial em previsão de ondas, o período entre 28 de julho e 2 de agosto deverá apresentar o melhor momento da janela, mas ainda muito incerto para confirmar. A competição será realizada em quatro dias, dentro de uma janela entre 27 de julho e 5 de agosto.

Um swell pequeno/divertido do sudoeste pode se alinhar para o início da janela olímpica, por volta de 26-27 de julho. Os vários modelos de longo prazo e climáticos têm sido consistentes em mostrar uma baixa pressão perto da Ilha Norte da Nova Zelândia em alguns dias. Isso pode levar a um swell pequeno, mas surfável/divertido e bastante oeste, com ondas de até seis pés. Além disso, podemos ver um pequeno swell longo do sudoeste de uma fonte mais distante, com tamanho similar.

As orientações recentes dos modelos parecem mais promissoras para o final de julho até o início de agosto. Dada toda a volatilidade dos modelos recentemente é muito cedo para atribuir qualquer tamanho ou tempo aos swells. No entanto, a climatologia das ondas aponta para o período de 29 de julho a 2 de agosto como a parte mais ativa da janela olímpica, com grandes chances de se concretizar.

No vídeo abaixo, com imagens deslumbrantes capturadas por Tim McKenna, o jornalista Nick Carroll traz uma análise detalhada da onda de Teahupo’o em suas diferentes faces. Confira:

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