Um vídeo postado no último domingo no Instagram com imagens de uma pancadaria na praia do Rosa está causando grande comoção entre surfistas e praticantes de esportes aquáticos.
As imagens, feitas no fim de semana, são fortes e mostram o velejador e surfista identificado como Fran Penco sendo agredido covardemente por um grupo de pescadores na praia do Rosa, litoral sul de Santa Catarina.
Segundo o relatado próprio Fran, ele foi agredido por, na visão dos pescadores, ter desrespeitado a proibição da prática de esportes aquáticos na praia do Rosa durante a época da pesca da tainha.
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O município de Imbituba, onde está localizada a praia do Rosa, atua com um sistema de placas e bandeiras nas praias durante o período da safra da tainha, que normalmente ocorre entre 1º de maio e 31 de julho. Por um acordo entre entidades que representam surfistas e pescadores, atividades aquáticas ficam proibidas ou restritas a algumas áreas nesses meses. Para evitar confusões, existem sinalizações que indicam quando e onde a prática do esporte pode ocorrer.
No entanto, Fran, em seu relato, argumentou que tomou o cuidado de entrar no mar com um equipamento de wing foil no canto norte da praia, que estava liberada. Porem, ele argumenta que vento perdeu a força obrigando-o a sair pelo meio da praia, onde ocorreu a agressão. Ele diz que não houve diálogo, os pescadores o abordaram de forma bastante agressiva e se apropriaram de seu equipamento. Na tentativa de recuperá-lo, teve início a pancadaria.
“Hoje fui velejar na praia do Rosa, entrei pelo canto norte e o vento me derivou até a lagoa do meio, lugar por onde consegui sair do mar. Pescadores aguardaram por mim de um jeito muito agressivo sem dar oportunidade de conversa, eles ameaçaram minha família e amigos com pau na mão além de tirar meu equipamento náutico e deixa-lo no rancho de pesca com intenção de não devolver”, conta o velejador e surfista de nacionalidade argentina, mas que vive na região há dez ano. (veja a postagem ao final da matéria).
No relato, Fran conta que amigos que intervieram para defendê-lo das covardes agressões foram atacados com mais violência ainda. Um deles sofreu um corte largo na cabeça após ser atingido por uma paulada e precisou ser encaminhado para o hospital.
Nos comentários da postagem há diversos relatos sobre a truculência dos pescadores em situações semelhantes, mostrando que o caso está longe de ser um fato isolado.
“Já vi várias vezes isso acontecer. Fico muito triste, porque tanto o surfe quanto a pesca agregam muito para a comunidade e para o turismo”, diz um dos comentários da postagem.
Em outro comentário, se questiona a atividade dos agressores: “Eles são pescadores mesmo? Então que pesquem! Só ficam bebendo e esperando o momento de brigar! Até quando?”.
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