Os surfistas Rodrigo Koxa, Willyam Santana e Guilherme Hillel foram os destaques da 2ª chamada do Itacoatiara Big Wave (IBW) 2023, que aconteceu na praia da Região Oceânica de Niterói (RJ) na manhã deste sábado (5). No caminho para fazer parte do calendário do surfe internacional, a organização do IBW realiza neste ano a primeira competição exclusivamente na modalidade tow-in, na qual os atletas são rebocados até a onda por jet-skis.
A chamada deste sábado foi a segunda do IBW 2023, sendo realizada em quatro baterias, cada uma com cinco equipes compostas por surfistas e pilotos. Cada atleta entra na água duas vezes, revezando nas posições. Entre surfistas de nome de vários estados brasileiros, assim como do Chile, Equador e Peru, segundo os organizadores do IBW 2023, o destaque no primeiro dia de prova ficou com Rodrigo Koxa, Willyam Santana e Guilherme Hillel. No mar também estavam Kalani Lattanzi, Paulo Diego Imbica, Michaela Fregonese, Gutemberg Goulart, Alemão de Maresias, Gabriel Sampaio, Pedro Calado e Ilan Blank, entre outros.
“Conforme previsto, o swell chegou com força e energia nas primeiras horas da manhã e a segunda sessão do Itacoatiara Big Wave deste ano foi realizada com ondas em torno de três a quatro metros, com muita energia e muito desafio para surfistas e pilotos por conta do pouco espaço de navegação que existia hoje“, explicou Alexey Wanick, diretor executivo do IBW.
As ondas de Itacoatiara são tão potentes que surpreenderam até mesmo os atletas de elite, como o campeão de tow-in da edição de 2022 do IBW, Willyam Santana, que fez dupla com Ilan Blank e Gustavo Chumbão.
“Surfar em Itacoatiara hoje foi incrível. É diversão garantida entre os amigos. O mar estava bem difícil para pilotar, mas é sempre um desafio estar surfando aqui. Tiveram bons tubos. A gente teve que garimpar muito e procurar a melhor onda embaixo do pico, porque as maiores não rodavam o tubo, então a gente ficava garimpando a onda certa pra pegar o tubo. É um desafio muito grande não só para o piloto, como também para os surfistas. Mas deu tudo certo e consegui fazer um bom round. A minha primeira bateria foi bem incrível. Fiz duas ondas bem legais. Eu espero que eu tenha me dado bem“, contou Willyan Santana.
Ex-recordista mundial de ondas grandes, Rodrigo Koxa, que fez parceria com Vitor Faria, destacou o trabalho em equipe e a importância de surfar em Itacoatiara, cuja condição inigualável o prepara para outros campeonatos.
“É demais! Esse beach break é power demais. Acho que é a onda mais forte do Brasil em questão de beach break na areia. Rock and roll! Uma onda muito difícil de pilotar. Tem tudo a ver com tow-in, que mostra toda a necessidade de uma equipe. Um treinamento de quem faz mesmo com seriedade o esporte. Aqui estão os melhores, toda a galera que vai para Nazaré. A gente faz uma confraternização de maneira que a gente treina aqui para viajar e fazer nossa parte fora do Brasil“, disse o surfista.
A janela do IBW 2023 está aberta desde 14 de julho e permanecerá assim até 31 de agosto. Nos últimos anos, o campeonato vem se consolidando como a principal competição de surfe de ondas grandes do Brasil.
Ver essa foto no Instagram
“É de suma importância esse evento. Já é a quarta edição. A gente entende que é importante mostrar a capacidade que Niterói tem para o surfe, nessa condição de mar. É uma condição que poucos lugares no Brasil têm. Isso dá uma visibilidade boa pra cidade. Uma praia linda dessa, com uma condição de mar, de onda gigante dessa, só Niteroi mesmo. Eu acho muito importante a gente permanecer com isso dentro do calendário do município para divulgar a cidade“, afirma o secretário de Esportes e Lazer de Niterói, Rubens Goulart.
As sessões do IBW acontecem quando as previsões indicam potentes ondulações e ventos favoráveis. A organização do evento acompanha as previsões e, quando são identificados swells com potencial, é emitido o sinal amarelo. A ondulação se confirmando, é emitido o sinal verde.
Durante as sessões, os atletas têm suas ondas registradas por cinegrafistas. Após o encerramento das janelas, as ondas são julgadas por uma comissão de arbitragem profissional com base nos critérios internacionais adotados para o surfe de ondas grandes. A competição distribuirá R$ 85 mil em prêmio a ser dividido entre surfistas, pilotos e cinegrafistas que registrarem as ondas vencedoras.