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São Conrado paga pela poluição

 


Poluição na praia deve acabar por tirar São Conrado como palco alternativo do Oi Rio Pro. Foto: Gabriel O Pensador / Reprodução

Atualizado às 20:02, por Julio Adler/LiveSurfe 

Flávio Padaratz, por telefone, acaba de confirmar que São Conrado não é mais uma opção para a etapa brasileira do WSL.

Como representantes da WSL no Brasil, disse Teco, não podemos colocar em risco a integridade física dos surfistas.

Mesmo com uma promessa da Cedae de fechar as comportas durante os 11 dias do Oi Rio Pro, Teco afirma que, diante da situação atual do esgoto no bairro de São Conrado, uma forte chuva seria suficiente para – sem trocadilho – cagar tudo.

Um novo palanque deverá ser montado, com orientação do diretor de prova Daniel Friedmann, no Meio da Barra, possivelmente próximo ao Posto 6.

 

*Fonte: O Globo / Cleo Guimarães e Gabriela Leal 

Uma reunião entre os organizadores da etapa brasileira do circuito mundial de surfe e a secretaria municipal de Meio Ambiente está marcada para as 18h desta segunda-feira (27) para decidir se haverá ou não um palanque alternativo na Praia de São Conrado durante o campeonato. A poluição do mar naquele trecho da praia pode fazer com que o palanque, que começa a ser montado amanhã, vá para o Meio da Barra. A competição está marcada para acontecer entre os dias 11 e 22 de maio.

Palanques alternativos são, como o próprio nome indica, um "plano B" para a competição: o campeonato acontece onde as condições do mar estiverem melhores. O palanque principal deste ano fica no Postinho, na Barra. O de São Conrado foi um pedido dos atletas, que querem competir no canto esquerdo da praia, onde quebram as ondas mais tubulares da cidade.

A qualidade de suas águas, no entanto, é inversamente proporcional à perfeição das ondas. Dados do monitoramento da qualidade das águas feito pelo Instituto Estadual Ambiente (Inea) mostram que é praticamente permanente o alto índice de coliformes termotolerantes e enterococos (microrganismos que podem causar doenças graves) em São Conrado. A última vez que a praia apresentou condições para banho foi em setembro de 2014.

"Se houver risco para a saúde dos atletas, vamos mudar o local do segundo palanque. Tudo vai ser decidido nesta reunião, no final da tarde", diz Xandi Fontes, organizador da etapa brasileira. 

Para o biólogo Mário Moscatelli, "vai ser um crime " se o campeonato acontecer em São Conrado. "Minha sugestão é que os organizadores peçam à Cedae que não lance ‘merda’ no mar pelo menos durante as provas", observa. "Mas o que deveria ser feito, mesmo, é uma denúncia ao Ministério Público contra a estatal, que vem usando o costão da Niemeyer há anos como latrina e contamina diretamente a Praia de São Conrado".

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