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Prévia Quiksilver Pro Gold Coast

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Por Felipe Fernandes
Fotos WSL

Estamos há um dia da abertura do WSL Championship Tour. A janela de espera do Quiksilver Pro Gold Coast abre neste sábado (noite de sexta-feira no Brasil), e reúne os 34 melhores surfistas do mundo na famosa bancada de Snapper Rocks. 

Na última semana, a costa de Queensland recebeu uma das melhores ondulações dos últimos anos, enviadas pelo ciclone apelidado de Marcia. Foram praticamente sete dias de longas e perfeitas direitas conectando os points de Superbanks, bancada que segundo o veterano australiano bicampeão mundial, Wayne Rabbit Bartholomew, “é a melhor dos últimos cinco anos”. 

Segundo nosso repórter Alexandre Versiani, que está na Gold Coast, os organizadores do evento temiam que o swell de grande magnitude retirasse a areia e destruísse a bancada, mas isso não aconteceu. 

PREVISÃO DE TEMPESTADE EM SNAPPER

A crew de brasileiros apelidada de “Brazilian Storm” está com mais moral do que nunca. Pela primeira vez na história do surf mundial, o Brasil começa o ano no topo do mundo. Além da sensação mundial Gabriel Medina, temos um grupo de surfistas qualificados e prontos para disputar baterias de igual para igual com qualquer surfista e em qualquer tipo de onda.

Novamente o Brasil começa o ano com sete representantes. Além dos conhecidos Adriano de Souza, Miguel Pupo, Filipe Toledo e Jadson André, duas novidades de peso estão na área: o potiguar Italo Ferreira, que passou despercebido pelos olhos da mídia estrangeira e conseguiu uma qualificação relâmpago nas últimas etapas do ano; e o paulista Wiggolly Dantas, que amadureceu seu surf durante cinco anos na divisão de acesso e agora parece pronto para enfrentar os melhores do mundo. Cada um com as suas qualidades, esta dupla promete dar trabalho em algumas etapas da temporada.

Italo Ferreira explosivo

Este potiguar tem tudo para impressionar logo na abertura. O garoto de 20 anos foi criado nas ondas da Baía Fomosa, um point de direita pouco constante, mas muito semelhante a Snapper. Seu backside é explosivo, com rasgadas e rabetas que vão demolir o lips e impressionar quem nunca viu o garoto surfar. Sem falar nos aéreos. O repertório é vasto e com certeza vamos ver seus primeiros voos por lá. 

Wiggolly Dantas atitude

O Brasil ganhou um tube rider respeitado no mundo inteiro. Apesar de ter ganhado visibilidade mundial por domar esquerdas tubulares como Pipeline com maestria, Guigui é de Itamambuca, uma praia de Ubatuba conhecida pelas ótimas diretas. As ondas têm características bem diferentes, mas o paulista já está na Austrália há algum tempo e deve ter aproveitado o ciclone Marcia para treinar em Snapper. 


Foto: Henrique Pinguim

Filipe Toledo arisco

Morando na Califórnia, este ubatubense está com o surf mais afiado do que nunca. Tem a vantagem de ser regular e ter na manga aéreos capazes de definir baterias, principalmente surfando de frente para a onda. É o tipo de surfista que todos os adversários temem. Tem todas as armas na mão. Se conseguir aplicar com astúcia vai ir longe em Snapper. 

Adriano de Souza sólido

Adriano é um dos surfistas mais sólidos do Tour e sempre começa a temporada com o pé direito. Mineiro terminou na terceira colocação em 2014 e já foi duas vezes vice-campeão na etapa de abertura. Sabe o que os juízes querem e tem calma para pensar nisso antes de surfar cada onda. Com a sua base aberta, consegue mesclar com sabedoria rasgadas, batidas, rabetadas, floaters e aéreos para impressionar a bancada de jurados. Tem qualidades para conseguir seu primeiro e merecido título na abertura do mundial.  

Miguel Pupo fluidez

Este paulista tem o estilo mais lapidado entre os brasileiros. Se tiver paciência para escolher as ondas certas, consegue velocidade para linkar manobras estilosas sem precisar das famosas “matadas de barata”. Miguel não maltrata as ondas, pelo contrario, acaricia com muito carinho. Teve seu melhor resultado em 2014 (quinto lugar) e vai com tudo a fim ir mais longe. 

Jadson André determinado

O potiguar não tem um retrospecto bom na Gold Coast. Seu backside que funciona bem nas ondas grandes e com bastante área não costuma ir bem em Snapper. Jadson sabe que precisa começar a temporada com um bom resultado para não ficar com a corda no pescoço no final do ano e quase perder a vaga na elite, como acontece em 2014. 

Gabriel Medina completo

Gabriel chega para defender o título da etapa. Até o ano passado, o atual campeão mundial tinha um relacionamento conturbado com as ondas australianas. Mas em 2014 a história foi diferente e o brasileiro parece ter feito as pazes. Foi o responsável por derrotar todos os favoritos ao título no ano passado e tem qualidades de sobra para fazer isso novamente. Um bom resultado nesta etapa é essencial para Medina brigar novamente pelo título mundial. 

Cada surfista vai usar suas armas para começar a temporada da melhor forma possível. Bons resultados no início do ano tiram um grande peso das costas dos atletas e pode refletir nas próximas etapas. 

Fique ligado no site da HARDCORE e fique sabendo tudo que vai rolar nas etapas do World Surf League. 

 

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