Uma fotografia de dois surfistas feita por um estúdio de inteligência artificial com sede em Sydney, ganhou recentemente o primeiro lugar em uma competição fotográfica australiana.
A imagem dos dois surfistas remando no mar à luz do sol (veja abaixo), foi a vencedora do concurso da empresa de eletrônicos DigiDirect.
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Então essa empresa anunciou, na semana passada, que uma “foto de drone” tirada por “Jane Eykes” havia vencido seu concurso de fotos de verão.
Logo após o anúncio, o estúdio Absolutely AI assumiu que havia inserido a imagem sob falsos pretextos, declarando-a “a primeira fotografia premiada gerada por IA do mundo”.
Em comunicado divulgado em sua página no Instagram, assim escreve a Absolutely.AI:
“É uma imagem bonita, mas não é real. É a primeira fotografia premiada gerada por IA do mundo.
Depois de saber que havíamos vencido, fomos honestos com a empresa que administrava a competição e devolvemos o prêmio em dinheiro. Então, por que fizemos isso?
Fizemos isso para provar que estamos em um ponto de virada com a tecnologia de inteligência artificial, passando no teste final. Poderia uma imagem gerada por IA não apenas passar despercebida (nenhuma pessoa que viu a imagem sentiu algo fora do comum), mas também receber o prêmio máximo de um especialista em fotografia?
A resposta é retumbantemente sim.
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Vamos olhar para trás neste tempo como o tempo em que tudo mudou. O gênio saiu da garrafa e não há como voltar atrás à medida que a automação entra em nossas vidas cotidianas.
Entramos no concurso de fotografia usando o nome de Jan van Eycke, o mesmo nome do pintor do século 15, conhecido por criar a obra de arte mais roubada de todos os tempos.
Ou, para ser mais preciso, foi a obra de arte mais roubada… até agora.
Os surfistas à nossa imagem nunca existiram. Nem aquela praia ou trecho de oceano em particular. É composto por uma quantidade infinita de pixels tirados de infinitas fotografias que foram carregadas online ao longo dos anos por qualquer pessoa.
Cada arte de IA tem a capacidade de roubar milhões ou até bilhões de elementos de pinturas, fotos e vídeos para criar algo novo e de tirar o fôlego.
Não é exagero dizer que chegamos ao ponto em que a máquina é agora o artista superior ao homem.
A história pode olhar para trás em nosso pequeno experimento fotográfico como um ponto de virada quando começamos a perceber o novo mundo em que vivemos.
É por isso que intitulamos nosso controverso vencedor do prêmio.”
No momento da publicação, a DigiDirect não havia divulgado uma declaração sobre a validade da imagem vencedora.
