Quem são os surfistas mais influentes da história? É certo que criar listas é uma tarefa árdua e inglória. Afinal, sempre haverá alguém que ficou fora da lista.
Porém, o exercício de se pensar em nomes que mudaram para sempre os rumos do esporte não deixa de ser algo fascinante e irresistível.
Sendo assim, nossa redação preparou uma lista com os surfistas mais influentes da história e o motivo pelo qual estão nessa lista.
Veja também:
+ Pan-American Soul 2022: As ondas passam as amizades ficam
+ Surf Lakes, a onda “Mad Max”, será aberta ao público
+ Parasurf brasileiro pede apoio
Importante: essa é uma lista masculina e em breve postaremos outra lista, porém, sobre as mulheres.
Você concorda com esses nomes? Confira:
Os surfistas mais influentes da história
Duque Kahanamoku
O pai do surf moderno, Duke Kahanamoku é um dos poucos atletas na história do esporte mundial a ter o nome introduzido no Hall da Fama em duas modalidades diferentes, no caso, a Natação e o Surf.
Duke ajudou a difundir o surf pelo mundo e atuou ativamente na criação dos primeiros campeonatos internacionais de surf, esporte que não teria alcançado a popularidade que tem hoje, não fosse por Duke.
George Freeth
Se Duke Kahanamoku é o pai do surf moderno, George Freeth é o pai do surf nos EUA.
O havaiano, que, inclusive, era ídolo de Duke, mudou-se para a Califórnia no início do século 20 a convite de investidores do setor imobiliário e ajudou a divulgar o surf em toda costa oeste estadunidense anos antes de Duke se tornar uma estrela olímpica, além de ter revolucionado as técnicas de salvamento aquático aplicando seus conhecimentos nas ondas e herança havaiana.
Tom Blake
Discípulo de Duke Kahanamoku, Blake dominava diversas modalidades aquáticas, como a natação, surf e o paddleboard.
Seguindo os passos de George Freeth, impulsionou o surf na Califórnia e revolucionou a construção de pranchas, que então eram feitas com madeira maciça, com a invenção da “hollow board” (prancha oca).
Além disso, escreveu um dos primeiros livros sobre a história do surf, inventou a caixa estaque de fotografia e a quilha.
Bob Simmons
Se Tom Blake inventou o conceito, foi Bob Simmons quem criou as quilhas da forma que nós as conhecemos hoje no surf.
Além disso, Simmons revolucionou o design das pranchas de surf criando as ‘mini simmons’, que tinham a metade do tamanho das pranchas da época.
Greg Noll
Também conhecido como “Da Bull”, Greg Noll protagonizou um movimento pioneiro do surf de ondas grandes, além de ter sido um dos primeiros surfistas a enxergar o potencial desse mercado.
Miki Dora
Foi um dos mais influentes surfistas da chamada “geração de ouro” do surf na Califórnia. Seu talento e personalidade irreverente atraíam uma legião de fãs, mesmo sendo Dora um outsider do esporte.
Para muitos, ele representava o arquétipo do “surfista rebelde” e “anti sistema”, porém, com o passar dos anos, acusações de golpes, fraudes e declarações racistas atribuídas a ele arranharam essa imagem.
Jack O’Neill
Jack O’Neill foi o inventor da roupa de borracha para o surf. Graças a ele milhares de surfistas puderam desfrutar das ondas em temperaturas antes inimagináveis.
John Malloy
Você provavelmente não conhece John Malloy, mas certamente usa a sua invenção rotineiramente: o leash de surf de uretano, mais conhecido como “cordinha” ou “estrepe”.
Eddie Aikau
O lendário big rider e guarda-vidas havaiano morreu como herói e seu legado ajudou a manter vivas as tradições havaianas de Aloha e integração com o oceano.
Larry Bertlemann
O havaiano Larry Bertlemann foi um dos primeiros super stars da história de nosso esporte. Sua leitura de onda e manobras nos anos 1970 eram absurdamente à frente de seu tempo e sua influência extrapolou o surf alcançando o skate.
Wayne “Rabbit” Bartholomew
Expoente da geração “Bustin Dow The Door”, australiano foi campeão do mundo abriu as portas para a chegada dos australianos ao protagonismo do surf mundial, além de ter participado de forma atuante na criação e atuado nos bastidores do circuito mundial de surf. De espírito irreverente, também protagonizou um dos momentos mais tensos na história da relação dos havaianos com os estrangeiros que anualmente visitavam o North Shore.
Mark Richards
Até a chegada de Kelly Slater, Mark Richards era então o surfista com o maior número de campeonatos mundiais conquistados: quatro títulos. Além disso, revolucionou o surf mundial ao ser um dos primeiros a competir usando duas quilhas na prancha.
Gerry Lopez
O havaiano, também conhecido como Mr. Pipeline, é até hoje usado como parâmetro para avaliar o nível de um surfista na “Rainha do North Shore”.
Além disso, é apontado como criador do conceito de “Zen Surf”, trazendo uma relação mais espiritual com o esporte, incorporando conceitos da yoga e filosofia oriental ao surf.
Simon Anderson
Simon Anderson foi um grande competidor e shaper diferenciado, mas sua invenção, a criação de um design de prancha de surf com três quilhas, chamado de “thruster”, mudou os rumos do esporte para sempre.
Tom Carroll
Bicampeão mundial australiano foi um dos maiores competidores da história do surf até os dias de hoje. Uma máquina de competir capaz de vencer qualquer um, em qualquer condição de mar. Foi também responsável por uma nova abordagem na preparação física de surfistas, mudando para sempre o entendimento sobre o condicionamento físico de competidores.
Tom Curren
Imortalizado para sempre por seus confrontos com o jovem Mark Occhilupo na década de 1980, Tom Curren ajudou a transformar o surf em uma carreira, estrelando a série “The Search”, filmada por Sonny Miller. Seu talento incomparável, sua postura enigmática e estilo inconfundível influenciaram toda uma geração.
Mark Occhilupo
Mark Occhilupo, ou “Occy” para os mais íntimos, foi um dos maiores antagonistas de Tom Curren em seu auge. Porém, o abuso do álcool atrapalhou consideravelmente a evolução de sua carreira como surfista profissional. Mesmo assim, ele conseguiu dar a volta por cima a tempo de conquistar pelo menos um título mundial. Sua técnica de backside mudou a forma de se surfar de costas para a onda.
Matt Archbold
Californiano Matt Archbold implodiu o status quo dos critérios de julgamento do surf nos anos 1980, investindo em manobras progressivas, inspiradas no skate, com alto grau técnico e aéreos, além de trazer a estética punk para o mar. Contudo, os abusos com o álcool e as drogas, além da resistência dos organizadores em reconhecer que a valorização da manobra era fundamental ao critério de julgamento (algo que hoje é ‘óbvio’, mas não era nessa época) o impediram de manter uma carreira bem-sucedida no circuito mundial.
Kelly Slater
Para muitos, o maior surfista de todos os tempos. Onze vezes campeão do mundo, empresário, músico, ator, foi, talvez, além de Duke Kahanamoku, o surfista que mais transitou por diferentes setores do mainstream sempre atraindo os holofotes para si.
Andy Irons
Talento, carisma e go for it incomparáveis. Foi o único surfista de sua época a bater de frente com o “bicho-papão” de sua geração, Kelly Slater, e fazê-lo tremer.
A forma de surfar ondas pesadas e tubulares e a atitude blasê para lidar com o circuito profissional (e seus adversários nas baterias) renderam histórias lendárias na construção da mitologia do surf mundial.
Laird Hamilton
Um dos surfistas mais criativos de todos os tempos, revolucionou o esporte de várias formas, desde a revolução do tow-surf, passando pela ‘onda do século’ surfada no Taiti, a explosão do stand up paddle e a popularização do hydrofoil, além de ser um dos surfistas mais famosos do mundo – tudo isso sem nunca ter participado do circuito mundial e não perdendo a oportunidade de criticar a WSL e o surf profissional.
Gabriel Medina
O primeiro campeão mundial brasileiro foi também o ponta de lança de uma revolução no surf profissional chamada de “Brazilian Storm”.
Sua postura fria, aéreos impossíveis e agressividade competitiva mudaram para sempre a conduta dos surfistas no tour mundial. Se antes o parâmetro era Kelly Slater, com a chegada de Medina, o jogo muda definitivamente.
Italo Ferreira
Um dos surfistas mais carismáticos do mundo, seu jeito espontâneo lhe renderam o apelido de “campeão do povo” entre os gringos. Depois de Italo, os gringos perderam a vergonha de fazer um “claim” nas baterias.
Sua inteligência competitiva e talento nas ondas, associadas à sua origem humilde, influenciam garotos de todas as classes sociais em todo mundo. Se antes de Italo um título mundial era algo impensável para um garoto pobre de periferia, com ele, isso mudou para sempre. E, como se não bastasse, foi o primeiro campeão olímpico de surf da história.