Em dezembro, acontece na praia de Pismo, na Califórnia, o campeonato mundial de Parasurf e o Parasurf brasileiro pede apoio. O Brasil é o atual campeão da categoria e o Parasurf tem grandes possibilidades de se tornar um esporte Paralímpico a partir de 2028, na Paraolimpíada de Los Angeles.
Entretanto, a Confederação Brasileira de Surf se vê diante de um grande desafio: a falta de recursos para viabilizar a participação dos paratletas brasileiros no ISA World Para Surfing Championship. O surf adaptado ainda não faz parte do hall de esportes paralímpicos do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), consequentemente, não há linhas de financiamento e repasses de verbas oficiais para a categoria.
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A fim de tornar realidade a presença dos 17 atletas e demais membros da equipe, entre médicos e técnicos, a CBSurf decidiu criar uma campanha para arrecadar doações de pessoas físicas e jurídicas. R$ 195 mil é o valor necessário para viabilizar o sonho de retornar ao topo do pódio do Parasurf mundial.
Dentro do valor, estão previstos itens como inscrições, seguros de viagem, traslados, alimentação e hospedagem. “Até o momento recebemos o apoio do Comitê Paralímpico do Brasil, para o qual somos eternamente gratos por viabilizar a compra das passagens, porém ainda temos um grande obstáculo pela frente”, afirma Rodrigo Ferreira, membro do conselho da CBSurf. Rodrigo também é head de Marketing da Galapagos Outdoor, uma das patrocinadoras da CBSurf, que também vai doar os uniformes oficiais para cada integrante da equipe.
Parasurf brasileiro pede apoio – Como contribuir:
O presidente da CBSurf, Teco Padaratz, explica que qualquer pessoa ou empresa que simpatize com o surf, ou simplesmente admire a história de competidores que passam por cima de adversidades para se dedicarem ao esporte, estão convidados a participar. Basta transferir o valor que estiver ao seu alcance para o pix 02.995.720/0001-60. “Esta conta foi criada especialmente para a campanha” ressalta Teco.
Internacional Surfing Association (ISA) e o Brasil no Para Surfing
A Internacional Surfing Association (ISA), foi fundada em 1964 e é reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional como a Autoridade Governante Mundial para o Surf. A ISA rege e define o Surf em todas as suas modalidades, incluindo o Parasurf, que coroou seus primeiros campeões mundiais em 2015.
O Brasil desde então vem colecionando títulos nas diversas categorias da modalidade em todas as edições. Ao total são 40 medalhas: 14 de ouro, 13 de prata, 8 de bronze e 6 de cobre. Por equipe, o Brasil conquistou 3 (três) títulos mundiais, um vice e por duas vezes a medalha de bronze.
Dentre todos os campeões mundiais do Parasurf pela ISA, o Brasil detém a maioria dos títulos. Ao longo dos anos esses títulos vieram de grandes atletas como, Davi Aguiar “Davizinho”, Figue Diel, Monique de Oliveira, Felipe “Kizu”, Malu Mendes, Roberto Pino, Alcino “Pirata, Mark Richards, Henrique Saraiva e Jonathan Borba.
“Precisamos manter vivo o sonho do surf adaptado chegar à Paraolimpíada, e isso conseguiremos incentivando nossos paratletas. Por isso, reforçamos o apelo para que a comunidade do surf e todo e qualquer simpatizante do esporte e paraesporte brasileiro faça parte da campanha e ajude o Parasurf do Brasil nesta grande missão de conquistar o Tetra Campeonato Mundial no ISA Games, nos EUA”, complementa Teco Padaratz.