Durante anos, os cientistas acreditaram que um oceano existiu em Marte. Supõe-se que ao longo de sua história geológica, um terço da superfície de Marte foi coberto por um oceano líquido.
Um estudo realizado em janeiro de 2022 usou simulações climáticas em 3D da antiga atmosfera do planeta para obter informações.
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Os resultados sugeriram que um oceano líquido existiu, de fato, na bacia do norte do Planeta Vermelho, cerca de três bilhões de anos atrás.
Em apoio ao estudo de janeiro de 2022, foram lançados recentemente novos mapas topográficos que fornecem o caso mais forte até agora de um antigo oceano em Marte.
Os mapas fornecem fortes evidências de que o planeta já experimentou um aumento do nível do mar que resultaria em um clima quente e úmido prolongado, ao contrário de sua atual paisagem congelada.
“O que imediatamente vem à mente como um dos pontos mais significativos aqui é que a existência de um oceano desse tamanho significa um maior potencial para a vida”, disse Benjamin Cardenas, professor assistente de geociências da Penn State e principal autor do estudo, à Phys. Org.
“Também nos fala sobre o clima antigo e sua evolução. Com base nessas descobertas, sabemos que deve ter havido um período em que estava quente o suficiente e a atmosfera era espessa o suficiente para suportar tanta água líquida de uma só vez”.
Segundo Cárdenas, os dados topográficos revelam evidências definitivas de uma linha de costa de aproximadamente 3,5 bilhões de anos composta por 900 metros de sedimentos. A equipe de pesquisa usou software de última geração para mapear dados da NASA e do Mars Orbiter Laser Altimeter.
Eles encontraram 6.500 metros de cordilheiras fluviais e os agruparam em 20 grupos para entender melhor como era Marte. O que hoje é conhecido como Aeolis Dorsa continha a coleção mais densa de cordilheiras fluviais de todo o planeta.
“As rochas em Aeolis Dorsa capturam algumas informações fascinantes sobre como era o oceano”, disse Cárdenas. “Foi dinâmico. O nível do mar subiu significativamente. As rochas estavam sendo depositadas ao longo de suas bacias em ritmo acelerado. Muitas mudanças aconteceram aqui.”
“Um dos principais objetivos das missões do rover Mars Curiosity é procurar sinais de vida. Sempre procurou água, vestígios de vida habitável. Este é o maior até agora. É um corpo de água gigante, alimentado por sedimentos vindos das terras altas, presumivelmente carregando nutrientes. Se houvesse marés no antigo Marte, elas estariam aqui, trazendo e saindo água gentilmente. Este é exatamente o tipo de lugar onde a antiga vida marciana poderia ter evoluído.”
