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Pranchas Quebradas: a história da proibição do surf em Santos

Nos dias atuais, o surf alcançou o status de esporte olímpico, atrai multidões em campeonatos e produz ídolos considerados heróis nacionais. Mas nem sempre foi assim.

No final dos anos 1960 o surf era um esporte bastante estigmatizado no Brasil, fortemente associado à contracultura e à marginalidade.

Eram tempos de ditadura militar e regras rígidas. Dentro desse contexto, o surf se popularizava entre os jovens nas praias de Santos com suas pranchas enormes e pesadas. Sendo assim, as autoridades decidiram limitar o esporte a 60 metros de cada lado dos canais e em horários bem reduzidos, no intuito de proteger os banhistas.

Não havia leash na época, e quando as pranchas chegavam à beira ultrapassando o limite permitido, eram apreendidas pelos salva-vidas e só retiradas com a presença dos pais.

Contudo, ficou claro que seria difícil conter os surfistas e o crescimento explosivo desse esporte. E esse é enredo de “Pranchas Quebradas”, documentário com produção independente de Márcio Fernandes Andrade e Fabio Boturão Ventriglia.

Documentário pranchas quebradas
Picuruta Salazar fala sobre os “anos de chumbo” do surf santista: “A gente só queria surfar e ser feliz”. Foto: Reprodução / Pranchas Quebradas

Com depoimentos de ícones do surf santista, como Picuruta Salazar, Cisco Araña, Maurício Tijolo, John Wolthers, Fuad Mansur entre outros veteranos que viveram esses tempos de proibição, que durou de 1967 e 1974, “Pranchas Quebradas” resiste bravamente à tentação de se limitar à polarização política, para mergulhar fundo na transformação que essa história proporcionou ao surf e toda a comunidade da cidade de Santos.

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Uma época de confronto entre guarda-vidas e surfistas. Figuras transformadas em antagonistas que, no fundo, se admiravam mutuamente e que, como revela o documentário em um final surpreendente, teriam mais em comum do que se supunha.

Pranchas Quebradas será exibido no dia 30 de agosto, em sessão única no Cine Roxy, em Santos (SP), às 21h.

Ingressos limitados estão à venda no Cine Roxy, Natural Art, Zampol Surfboards, Estiva Cervejaria, restaurante Okumura e Café Central. O valor da venda dos ingressos será destinado para o projeto Sonhando Sobre as Ondas.

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