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Fiji Pro: o que esperar

 

 

Por Kevin Assunção

Tavarua é uma pequena ilha com forma de coração, conhecida tradicionalmente pela receptividade amigável dos habitantes. Mas a hospitabilidade vai além dos locais. De volta ao WCT desde 2012, aquele pedaço de terra de Fiji nunca deixou a desejar quando o circo da ASP passou por lá.

Kelly Slater que o diga. Antes de ser campeão mundial em 2005 e 2008, o Careca faturou o caneco em Fiji. E desde a volta de Tavarua ao Tour só ele saiu de lá campeão.

KS é um dos que melhor conhece os segredos dos tubos sinistros de Cloudbreak e das infinitas esquerdas de Restaurants. “Eu me sinto em casa em Fiji e, quando as coisas se juntam, sinto como se pudesse competir ali para sempre”, disse Kelly à Dave Prodan, VP de comunicação da ASP.

Existe lugar em que Kelly se sentiria mais à vontade para conquistar sua primeira etapa na temporada e, com isso, manter a liderança do WCT? Confira a resposta abaixo, no vídeo com as performances dele em Fiji.

Mesmo assim, muitas pedras estarão em seu caminho. E uma delas se chama Gabriel Medina. Em 2012, Medina parecia um veterano nas esquerdas de Fiji. Só que tinha um detalhe: era a primeira vez que ele surfava lá. E ele permaneceria imbatível, não fosse Slater. Estava tão a vontade que até voltou de um aéreo no raso reefbreak de Restaurants.

O clima é propício para Gabriel. No ranking, ele é o quinto, apenas 3.400 pontos atrás do líder Slater. Intimidade com tubos pesados para a esquerda GM já tem, seja em Fiji, seja em Pipeline. É o cenário perfeito para ele recuperar o bom desempenho que teve na perna australiana.

Michel Bourez, uma posição a frente de Medina na briga pelo título mundial, é outro que promete impressionar. Basta querer, manter o ritmo da temporada e contar com a benção de Netuno.

Afinal, neste ano o taitiano está confiante e bem preparado para condições adversas de mar. Em Margaret River, a paciência garantiu sua primeira vitória no Tour – como naquela virada a 5 minutos de soar a buzina, na semi contra Kelly. Já no Rio Pro, soube domar as imprevisíveis ondas da Barra.

Em Fiji, Bourez precisa usar a boa fase a seu favor para se dar bem, pela primeira vez, em esquerdas tubulares e pesadas, exatamente do jeito que ele está acostumado a encontrar no quintal de casa, em Teahupoo.

Neste ano, também vale ficar de olho em John John Florence, outro acostumado com paredes cilíndricas desafiadoras para surfar de backside. E parece que o havaiano está mais focado do que nunca no Tour. Tanto é que, depois de ser eliminado do Rio Pro, ele viajou para Teahupoo para pegar o swell clássico, que quebrou fora de temporada.

E por falar em surpresas, o time brasileiro terá cara nova: Wiggolly Dantas. Finalista do Volcom Pipe Pro e campeão do Prime de Saquarema, Guigui ganhou vaga no Fiji Pro porque Raoni Monteiro está lesionado. O ubatubense é o segundo colocado no ranking que classifica para o WCT, atrás apenas de Adriano de Souza.

“Fui ajudar a mãe da minha esposa a trocar uma lâmpada, terminei escorregando pra trás no primeiro degrau da escada, apoiando o braço esquerdo no chão e tendo uma fissura no punho”, escreveu Raoni no Facebook. Uma pena, porque, quando as condições ficam extremas em Cloudbreak, o surfista de Saquarema não puxa o bico.

E a lista de nomes fortes ao título do Fiji Pro continua: Mineiro, Parko, Mick, CJ Hobgood (grande conhecedor de Tavara)… Em quem você aposta?

Uma boa ondulação é aguardada para a segunda semana da janela de espera. Mas a próxima chamada para o Fiji Pro está marcada para terça-feira (3) em Fiji, às 7h30, ou na tarde de segunda (2) no Brasil, às 16h30. Acompanhe ao vivo aqui

Fiji Pro – Round 1
#1 Adriano de Souza, Kai Otton (AUS), Tiago Pires (PRT)
#2 Michel Bourez (PYF), Filipe Toledo, Brett Simpson (USA)
#3 Mick Fanning (AUS), Freddy Patacchia (HAW), Glenn Hall (IRL)
#4 Taj Burrow (AUS), Adrian Buchan (AUS), Mitch Coleborn (AUS)
#5 Joel Parkinson (AUS), Mitch Crews (AUS), Wiggolly Dantas
#6 Kelly Slater (USA), Jeremy Flores (FRA), Isei Tokovou (FJI)
#7 Gabriel Medina, Kolohe Andino (USA), Dion Atkinson (AUS)
#8 Josh Kerr (AUS), Sebastian Zeitz (HAW), Alejo Muniz
#9 Jordy Smith (ZAF), Miguel Pupo, Aritz Aranburu (ESP)
#10 Nat Young (USA), Owen Wright (AUS), Matt Wilkinson (AUS)
#11 Julian Wilson (AUS), Bede Durbidge (AUS), Jadson Andre
#12 John John Florence (HAW), C.J. Hobgood (USA), Travis Logie (ZAF)

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