Ícone do surfe brasileiro e de um estilo de vida ligado ao mar, às ondas e à natureza, Rico de Souza resolveu dividir um pouco de sua história inspiradora em “Rico – O embaixador do surfe – A Biografia”, que será lançado pela Editora Lacre, numa live, dia 30 de junho.
Durante meses, ele abriu sua vida ao jornalista João Marcelo Garcez e, juntos, escolheram as passagens que ajudam a contar um pouco de como o surfe passou de uma diversão de alguns garotos da Zona Sul carioca a esporte Olímpico.
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Não, não é um livro que pretende explicar o sucesso da Brazilian Storm no Circuito Mundial, mas sem dúvida mostra a importância de Rico e sua geração para começar a pavimentar essa história de vitórias.
Com prefácio de Pedro Bial e orelha de Evandro Mesquita, o livro revela ainda como a simpatia e o carisma sempre estiveram presentes na vida do Rico, ajudando-o a fazer amigos, abrir portas e, por que não, o livrar algumas enrascadas.
Faz tempo que o nome do Rico de Souza remete imediatamente ao surfe e a um jeito de vida carioca, de sol e água salgada. Rico foi um pioneiro e desbravador. Se os praticantes de pesca submarina foram os primeiros a surfar no Rio de Janeiro, Rico abriu o caminho para se viver de surfe no país, em época em que surfistas eram olhados apenas como cabeludos vagabundos que viviam na praia e a prática do esporte na cidade chegou a ser coibida pela polícia.
O talento e os títulos que conseguia o ajudavam na vida de empresário e empreendedor. Rico começou consertando pranchas, depois passou a fabricar as pranchas mais cobiçadas da cidade.
Era pouco. Criou o primeiro serviço de informação sobre as condições do mar, por telefone, fez um dos primeiros sites especializados da Internet brasileira (no ar até hoje), sua própria marca de roupa, a primeira escolinha de surfe no Brasil, organizou o primeiro campeonato internacional no país, vários campeonatos nacionais e ainda conseguiu tempo para quebrar seis recordes mundiais. Apaixonado por pranchas, montou um acervo impressionante que hoje está exposto no AquaRio, no Museu do Surf by Rico.
Com um olho na série e outro no futuro, Rico foi buscar apoio da mídia para ele e para o surfe. Conseguiu o patrocínio da Rede Globo de Televisão (único patrocínio individual da história da Globo) e ajudou a abrir espaço para o esporte no veículo de comunicação mais importante do país.
Mesmo com todas as incertezas do Brasil, enfrentou as maiores ressacas, tomou alguns caldos, é verdade, mas sempre voltou para o mar, em busca da melhor onda. E dividiu onda com meninos carentes em projetos sociais, pessoas com deficiência e ainda usou o surfe para ajudar em causas ambientais e ainda. Até hoje vive de surfe, com patrocínio individual, além de seus negócios.
Na biografia, com fotos históricas e exclusivas, Rico lembra de como se apaixonou pelo mar, muito cedo, morando no Leblon, e de que forma essa paixão guiou sua vida, desde as confusões de adolescente e jovens em que sobrava testosterona e faltava um pouco de noção.
O sorriso carismático de gente boa sempre o livrou de confusões e serviu como seu melhor cartão de visitas. Com mais de O livro mostra momentos marcantes no Havaí, Indonésia, Califórnia, lugares por onde deixou amigos e é sempre bem-recebido até hoje.
Não é exagero dizer que o Rico é o ícone de uma geração que tornou possível o sonho de se viver de surfe. Uma geração que talvez não imaginasse, nem nos melhores sonhos, o crescimento do esporte que virou olímpico, movimenta bilhões e com o Brasil dominando o cenário mundial, com títulos de Medina, Mineiro e Ítalo e três brasileiros no topo do ranking.
Sempre com um sorriso que estampa a felicidade de quem soube e sabe levar a vida com leveza. “Rico – O embaixador do surfe – A Biografia” tem o patrocínio da Saint-Gobain Canalizações, por meio da Lei Rouanet.
Serviço
“Rico de Souza, o embaixador do surfe”
Autor: Rico de Souza.
Redação: João Marcelo Garcez.
Prefácio: Pedro Bial.
Orelha: Evandro Mesquita.
224 páginas (32 págs. com fotos coloridas). Formato: 16×23 cm. Preço: R$59,00.
Editora: Lacre.
* Por Diogo Mourão