A última semana a região sul do Brasil recebeu um grande swell que movimentou todo o estado de Santa Catarina.
A ondulação vinda de sul/ sudeste e período acima dos 13 segundos, fez os Jaguaboys se movimentarem, já que o swell era perfeito para a Laje da Jagua mostrar sua fúria.
Com isso, chamei uma galera de responsa para desafiar a Laje, dentre eles Pedro Calado, Marcos Monteiro, Carlos Burle, Alemão Maresias, Rodrigo Koxa e Lucas Chumbo.
Porém, alguns tiveram compromisso e não puderam vir. Ainda assim, Alemão de Maresias e Lucas Chumbo se jogaram para Jaguaruna, juntamente com Lucas Fink e o cinegrafista Renan Vignoli.
Juntos se uniram ao time Jaguaboys.
Além disso, quem também esteve presente foi o Mad Dog Márcio Freire, surfando pela sexta vez a Laje da Jagua.
Apelidamos o swell de “Eloah”, em homenagem a minha filhinha, que nasceu esse ano meio a essa pandemia de Covid-19.
Foram dois dias de big surf, segunda e terça. Segunda foi o maior, e foi bizarro porque surfamos as direitas que estavam cabulosas e, depois com a troca da direção da maré, fomos para a esquerda que estava perfeita.
Eu fiquei com os Jaguaboys (Andre Paulista, Fabiano Tissot, Luis Reis, João Paiva, Pepeu, Marquito Moraes, Rafael Geremia, João Schmitz, Christian Jung, Gabriel Gomes) revezando entre ondas.
Alemão ficou na contenção de dar apoio ao Lucas Finke a ao Chumbo, que mostrou porque é um dos melhores surfistas big riders do planeta.
Skin Board na Laje da Jagua
Contudo, o Finke deu um show à parte com seu skin board e apavorou toda galera no canal com cada onda surfada. O rapaz é um fenômeno.
Enquanto o casca grossa Alemão, depois de fazer a função com a rapaziada, foi pro cabo e arrebentou mostrando que tem muito surf no pé.
Quem também apareceu junto na trip foi o mestre João Capilé, praticamente um mentor dessa equipe que tem anos de história.
Capila ficou com um grupo de amigos revezando no reboque. Marcio Freire, que morou no Havaí por muitos anos com seu surf power de bakside, detonou.
O cara é um exemplo de surfista, simplicidade, respeitoso e além disso quebra nas ondas.
Dessa forma, nossa equipe sentiu o peso dentro d’água, e não deixou barato não! Representaram na sessão.
Já na terça feira o mar deu uma baixada e a galera mesclou o tow in com a remada. Uma galera vinda de Imbituba, Garopaba e Florianópolis trouxeram suas Guns e botaram pra baixo.
Assim, foram dois das alucinantes, com vibe boa, risadas, e altas ondas. Um swell diferente dos outros, uma energia entre amigos que eu não presenciava a tempo.
Galera unida, time forte e uma união de amigos, isso é o big surf de verdade, ninguém é melhor que ninguém e a união faz a força.
Por fim, reunimos todos para um churrasco na base da Atowinj em Jaguaruna e agradecemos a Deus por mais esse swell, o swell Eloah.
Por Thiago Jacaré
Capa: Marcio Freire. Foto: Luis Reis