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Vida Atlântica: Um dia clássico no litoral de SP para celebrar o Dia da Mata Atlântica

Hoje, 27 de maio, celebra-se o Dia da Mata Atlântica. 

Com galeria de fotos exclusiva, tiradas em um dia clássico de ondas em secret do litoral norte paulista, Hardcore presta homenagem a um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo.

Vaga Atlântica. Foto: Pedro Abreu

“Esse dia foi bem legal. Nesse dia a água estava muito gelada, e mesmo passando frio, porque eu estava com um long john velho, não saí da água de tão bom que estava o mar,” conta o fotógrafo Pedro Abreu.

Inclusive, a foto de abertura dessa matéria foi um “presente” da insistência do fotógrafo no mar congelante. Da paciência, o fruto da conexão com o free surfer e morador da região Guilherme Padial.

Lucca Casemiro. Costa Atlântica. Foto: Pedro Abreu

Desmatamento aumenta e pode levar à eliminação da floresta

Ironicamente, o governo segue a empurrar o meio ambiente à destruição cada vez maior, podendo levar a Mata Atlântica não só a total isolamento, mas à desastrosa eliminação.

Nesse mesmo dia, a Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, divulgaram o “Atlas da Mata Atlântica”.

Dia da Mata Atlântica
Bicho-preguiça; animal endêmico da Mata Atlântica. Foto: Pedro Abreu

Segundo o relatório, o desmatamento da Mata Atlântica no Brasil cresceu 27% entre 2018 e 2019.

Entre os últimos dois anos, o bioma perdeu 145 quilômetros quadrados, resultando em aumento de quase 30% em comparação com o período anterior.

Os números de desmatamento da Mata Atlântica vinham caindo desde 2016. Entre 2017 e 2018, 113 quilômetros quadrados foram devastados; a menor área registrada desde 1985, quando começaram os registros da fundação.

Dia da Mata Atlântica
O bioma é considerado o mais ameaçado do país. Foto: Pedro Abreu

Restam apenas 12% de sua área original de 1,3 milhão de quilômetros quadrados, espalhados por 17 estados e que cobria grande parte da costa brasileira.

O monitoramento, feito há 30 anos pela fundação com dados de satélites do INPE, aponta que os estados de Minas Gerais, Bahia e Paraná têm as maiores áreas de destruição florestal.

Segundo a SOS Mata Atlântica, em Minas Gerais, a floresta nativa tem sido substituída por plantações de eucalipto, que, mais tarde, serão convertidas em carvão.

Na Bahia, a expansão do cultivo de soja seria a principal causa. Já no Paraná, a destruição é sobre as florestas de araucária, em que atualmente resta menos de 1% da área original.

Do outro lado da lista, Alagoas e Rio Grande do Norte conseguiram zerar o desmatamento.

Dia da Mata Atlântica
Ao redor das ondas perfeitas de um dia clássico, ela, Mata Atlântica. Foto: Pedro Abreu

Desmonte da leis de proteção

Em abril, um despacho do Ministério do Meio Ambiente, comandados por Ricardo Salles, recomendou que órgãos do setor não levassem em consideração a Lei da Mata Atlântica, de 2006, e aplicassem no lugar dela o Código Florestal.

O Ministério Público Federal então solicitou para que o Ibama descumprisse o documento.

Além disso, na famosa reunião de 22 de abril, o ministro Ricardo Salles recomendou “passar a boiada” para que se pudesse aprovar leis que flexibilizassem regras ambientais enquanto a atenção da imprensa está na pandemia do novo coronavírus.

Para a SOS Mata Atlântica, as declarações de Sallles reforçam a ideia por trás do despacho que interfere no bioma.

“Inacreditável que neste momento tão difícil para tantas famílias brasileiras o ministro e o governo federal estejam mais preocupados em aproveitar o fato de que a mídia está focada no coronavírus para promover a destruição da floresta e da legislação ambiental. No que depender de nós, não permitiremos”, escreveu a fundação.

Nesta quarta-feira(27), a ONG lançou a petição pela integridade da Lei da Mata Atlântica, disponível neste link. Vídeo da campanha:

https://www.instagram.com/p/CAsTQ9TAHri/

Via Go Inside

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