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Brisas costeiras podem carregar Covid por mais de 2 metros de distância

Entre pedidos para ficar em casa, ameaças de multas por surfar e a chance de levar um tiro (se você mora na Costa Rica), há muitas razões para manter-se afastado da praia.

Mas se a soma total ainda não for suficiente para te impedir de surfar, considere o seguinte: a brisa costeira não se importa com nossos protocolos de distanciamento social e pode transportar o vírus COVID-19 a distâncias superiores a 1,8 metros de distância.

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É isso mesmo: segundo Kim Prather, cientista atmosférico da Universidade de San Diego, que estuda como vírus e bactérias podem ser transmitidos no oceano, sua bolha de segurança de 1,8 metro está estourada quando você entra em um ambiente arejado, como costumam ser o oceano e as praias.

A matéria com a informação foi publicada nesse artigo da revista californiana Surfer e no jornal San Diego Union Tribune.

“Os surfistas estão dizendo que estão seguros se ficarem a um metro de distância de outras pessoas, mas isso só é verdade caso o ar não esteja se movendo”, disse Prather ao San Diego Union-Tribune. “Na maioria das vezes, há vento ou brisa no litoral. Pequenas gotas de vírus podem flutuar no ar e explodir. ”

No artigo da UT, Prather compara a maneira como as gotas transportadoras de vírus viajam na brisa com a maneira como a fumaça do cigarro viaja na direção do vento. Portanto, por exemplo, você não sentirá o cheiro do cigarro de alguém que está distante quando o ar estiver parado, mas você pode senti-lo a uma boa distância se houver vento.

Então, o que seria considerado um distanciamento social seguro em meio à brisa do oceano? Finja que você está a um metro e meio de distância de alguém na praia. OK, agora volte. Continue voltando. Um pouco mais atrás. Você já está em sua casa? Ótimo, você acertou em cheio.

Enquanto isso, você sempre pode passar as horas de quarentena assistindo a vídeos, aprimorando treinos (já viu esse com o Koa Rothman?), ou sintonizando uma transmissão ao vivo de um VHS de surf clássico.

Um fato é certo: as ondas permanecerão quebrando e à nossa espera assim que a pandemia cumprir o seu ciclo.

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