Construção de moradia foi realizada sem autorização em águas tailandesas. Casal rebate dizendo que a casa está em águas internacionais.
Por Redação HC
Uma tailandesa e um americano podem sofrer prisão perpétua ou até serem condenados a morte por construírem uma casa a 19 quilômetros da costa da ilha Tailandesa de Phuket.
O argumento da marinha tailandesa é que a instalação atrapalha a segurança nacional e está construída em território de jurisdição do país.
Chad Elwartowski e a namorada Supranee Thepdet saíram da casa flutuante após sua descoberta e estão escondidos até que sua segurança seja garantida.
Elwartowski insiste que, por se localizar a essa distância da costa, a casa está fora da jurisdição da Tailândia. Mas a Marinha tailandesa discorda e argumenta que o imóvel foi construído sem a devida permissão.
O coronel da polícia Nikorn Somsuk disse à agência AFP que a Marinha vai se reunir com autoridades locais “para analisar que medidas vai tomar”. As condenações são severas e podem incluir até a morte.
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Chad e Supranee são membros do movimento “seasteading”, iniciativa que promove a construção de habitações permanentes no mar, em águas internacionais, para que não estejam sujeitas às leis de nenhum país.
Eles também fazem parte do grupo Ocean Builders, uma comunidade de empresários que trabalham para financiar esse tipo de moradia. Para o casal, a iniciativa é feita para aqueles que “amam a liberdade e desejam vive-lá.”
A plataforma foi construída em Fevereiro e descoberta em Abril pelas autoridades. Quando a marinha aportou na casa, o casal não estava mais lá.
A Ocean Builders escreveu em nota que as pessoas morando na casa não passavam de inquilinos, por isso, não possuem responsabilidade pela construção do espaço.
Estruturas como essa são conhecidas como micronações, espaços construídos em águas internacionais que não possuem o reconhecimento de nenhum governo.
Uma das mais conhecidas é Sealand, micronação localizada a menos de 10 quilômetros da costa de Suffolk, um condado no leste da Inglaterra.
Esta famosa e controversa estrutura tem a própria bandeira, uma moeda e até um time de futebol.
Na Austrália está a província de Hutt River, uma propriedade privada a 500 quilômetros ao norte da cidade australiana de Perth. Nessa área, eles também têm sua própria bandeira e moeda: o dólar do Rio Hutt.
Outro exemplo é a micronação de Akhzivland, no norte de Israel, que contou com uma população de apenas duas pessoas durante quase meio século. Assim foi até seu fundador e presidente, Eli Avivi, morrer no ano passado aos 88 anos.
