Em julho deste ano, publicamos aqui na HARDCORE sobre a surpresa de um turista inglês ao deparar-se, por acaso, com o grindadráp, uma tradição das Ilhas Faroe que consiste em cercar até à beirada da praia e matar a golpes de facões e machados dezenas de baleias.
A prática é defendida pela população local como uma das únicas maneiras de não dependerem de outras nações para satisfazerem suas necessidades alimentares. Ele só fazem isso no verão, quando as baleias nadam próximas ao litoral, e garantem alimento para o ano inteiro. Entretanto, o grindádrap contraria expressamente leis europeias e da Dinamarca, país ao qual o arquipélago pertence oficialmente.
Veja também: Homem sobrevive a ataque de tubarão, mas contrai bactéria fatal e pede ajuda
A ONG Sea Sheperd acompanha e denuncia sistematicamente essa pratica que acontece todos os anos. Em 2018, membros da sessão britânica da organização estiveram nas ilhas durante toda a estação da matança, e contabilizaram mais de 600 mortes de baleias e golfinhos entre os dias 22 de maio e 21 de agosto deste ano, segundo informações do site IFL Science.
Ao todo, foram 561 baleias-piloto e 45 golfinhos mortos em 10 sessões do grindádrap. Nenhuma das espécies corre risco de extinção. Os moradores das ilhas garantem que a prática é ecologicamente sustentável. A principal crítica de ativistas do meio-ambiente, entretanto, é sobre a crueldade com que os animais são mortos.
Texto: Redação HC
Imagens: Sea Sheperd UK