Na madrugada desta segunda, o Margaret River Pro, que corria com o evento feminino, chegou a ficar paralisado por 15 minutos devido a um ataque de tubarão em Cobblestones, uma direita próxima a North Point e cerca de 20km distante do Main Break, onde as baterias rolavam.
Era o começo do dia e os organizadores decidiram continuar o evento, que correu sem sobressaltos. Entretanto, horas depois, já no final da tarde, um outro ataque foi registrado em Lefthanders, um pico bem próximo a Cobblestones.
No primeiro ataque, um surfista australiano na faixa dos 30 anos que não teve seu nome divulgado foi derrubado da prancha por um tubarão e defendeu-se com socos – segundo o fotógrafo Peter Jovic, que presenciou o ataque, a cena foi similar à de Mick Fanning em Jeffreys Bay, em 2015.
Incrivelmente, o surfista, sem a prancha, que foi mordida pelo tubarão, conseguiu escapar ao surfar de peito uma onda até a beira. Na areia, ele recebeu os primeiros socorros nos ferimentos sofridos, que foram fundamentais para evitar consequências mais graves. Ele foi encaminhado a um hospital da cidade de Gracetown e foi submetido a procedimentos cirúrgicos. Ainda não se sabe quais as consequências, mas ele não corre risco de vida.
A vítima do segundo ataque foi um surfista de 41 anos nativo do oeste australiano. Testemunhas afirmaram tratar-se um tubarão branco de pelo menos quatro metros. Ele não percebeu que a área estava fechada (devido ao primeiro ataque) e entrou mesmo assim. O tubarão atacou sua prancha e os ferimentos (imagens acima) foram bem mais leves que os do surfista atacado pela manhã.
Uma carcaça de baleia avistada pela manhã em uma praia da região pode ser parte da explicação para os ataques no mesmo dia.
Além da ameaça à segurança dos surfistas, os ataques podem ter um impacto negativo para as empresas de turismo da região, que são alguns dos principais apoiadores dos eventos da WSL por lá.