O quinto dia de competição do Rip Curl Pro Bells Beach teve logo em sua abertura um momento que gerou controvérsia com boa parte do público. Na verdade não foi um momento, e sim toda uma bateria – uma tática “antiga” de campeonatos de surf que foi fundamental na vitória de Ezekiel Lau sobre seu conterrâneo John John Florence.
Zeke impregnou John John de um jeito que há algum tempo não se via no CT, ao ponto de chegar a remar em círculos em volta do local de Pipe no tempo entre as séries – com direito a trombadas e no mínimo um atropelo das sua quilhas sobre o bico da prancha do rival.
Alguns viram uma tática anti-desportiva de intimidação, outros uma simples maneira de irritar e desconcentrar o adversário. Os comentaristas da WSL, em geral, não acharam nada demais. São práticas antigas e há muito conhecidas por sujeitos como Martin Potter.
O fato de serem empregadas por Lau também não é nenhuma surpresa. Seu técnico, Jake Paterson, era um mestre nessas artes – pergunte-se a origem do apelido Snake.
Para ver o que rolou, entre no heat analyzer, e acompanhe principalmente os minutos iniciais da bateria, logo após o sinal de início do relógio. Para você, existe um limite para essa tática? Ou faz parte do jogo?
Crédito da imagem de capa: Steve Sherman/WSL