A disputa entre WSL e o conselho de Honolulu ganhou um novo episódio nesta semana. Kirk Caldwell, prefeito da capital havaiana, falou sobre o assunto em uma coletiva de imprensa, e pela primeira vez adotou uma posição menos defensiva e mais conciliatória.
“Meu pedido à World Surf League, que eu reconheço ser uma instituição incrivelmente importante, é que por favor não retire seus eventos“, disse Caldwell. “Nós ouvimos suas preocupações e queremos saber o que podemos fazer para melhorar no futuro, mas não mas prejudiquemos as pessoas no curto prazo”, continuou.
Veja também: Adeus, Hawaii? WSL tem negada licença para o Pipe Masters 2019
O prefeito explicou que o pedido de troca de datas entre o Pipe Masters e o Volcom Pipe Pro de 2019, que foi entregue fora do prazo, segue negado. O principal argumento para a decisão é em nome da idoneidade do processo, já que outras instituições solicitaram datas para o período e entregaram a documentação solicitada dentro do prazo.
Além disso, a mudança solicitada pela WSL incorreria na realização de dois Pipe Masters em uma mesma janela de inverno, o que significa uma mobilização muito maior tanto financeira quanto de público e profissionais.
Ele afirmou, entretanto, que será criado um conselho para analisar decisões do gênero relacionadas ao surf, e que o processo de submissão dos pedidos de licença deve ser alterado.
Apesar do recuo, a WSL segue, aparentemente, irredutível em sua decisão. “Nós nos sentimos desrespeitados, e não sei por que não conseguimos o apoio necessário”, disse a CEO Sophie Goldschmidt em uma entrevista recente ao Pacific Business News, jornal de Honolulu. “Nenhum outro governo local ou cidade nos colocou nessa situação”, continuou.
Nesta terça-feira, o Departamento de Parques e Recreação do Hawaii divulgou o calendário preliminar com as licenças que haviam sido concedidas, junto com o formulário onde deveriam ser registrados os pedidos de apelação pelas partes que discordassem do resultado. A WSL afirmou que não vai recorrer da decisão, o que sugere que a entidade já está à procura de localidades que possam substituir o Hawaii nas etapas necessárias.
