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Entrevista: Weslley Dantas

Por Fernando Maluf

Nenhum resultado acontece por acaso. Se muitas pessoas se surpreenderam com o terceiro lugar de Weslley Dantas no Volcom Pipe Pro, o próprio Weslley não está entre elas. O talento em cima da prancha não chega a ser novidade para ninguém. Mas Weslley está focado, com uma meta muito clara: entrar para a elite do surf mundial. E acima de tudo, está confiante.

Depois fazer uma final em um dos campeonatos mais difíceis do circuito, passando baterias na onda mais famosa do mundo em condições que variaram entre o clássico e o assustador, nada mais justo.

Entre uma queda e outra no North Shore, a Hardcore bateu um papo rápido com ele.

HC: Antes de tudo, parabéns pelo resultado. Quebrou! Agora, depois que acabou o campeonato, você voltou pra água?
Weslley Dantas: Não, tava mal. Cansado. [foram quatro baterias no último dia]

Qual era tua experiência em Pipe antes do campeonato? Já pegou algum mar como aquele do dia do round 4? Parecia bizarro.
É a quarta vez que venho pra cá. Já tinha surfado num mar parecido, na segunda vez que vim, mas tava muito ruim. No dia do round 4 eu tinha caído de manhã e pego duas ondas gigantes, parecia que tava perfeito. Mas tava cabuloso, sim. Quando eu caí na bateria tava difícil pra caramba, uma correnteza muito forte, mas veio uma série boa. Eu tinha uma estratégia feita na cabeça pra passar a bateria, e deu certo. A condição tava muito difícil mesmo. Já tinha caído numa situação parecida, mas no freesurf. Em campeonato foi a primeira vez. Mas gostei quando o mar ficou assim, porque me ajudou muito.

E qual era essa estratégia?
Vir nas duas maiores ondas da bateria e botar pra dentro da fechadeira. Os caras iam dar a nota, porque não tinha muito tubo pra pegar e sair. Se tivesse muita sorte eu pegava um e completava. Mas como eu vi que a sorte tava difícil ali, não só pra mim, mas pra todos os atletas, eu fiz o que tava na minha cabeça, botar pra dentro da fechadeira que os caras iam dar a nota. A maioria dos atletas tava passando as baterias somando cinco pontos, seis pontos, e foi o que eu fiz.

Você vai correr o QS inteiro esse ano? Já tá buscando a qualificação?
Com certeza! Antes de vir pro Hawaii o ano já tava planejado. Vou pros dois QS 6000 da Austrália, talvez eu vá para Barbados, depois Sri Lanka, Japão, todos as etapas que têm mais pontos. Meu ano já tá planejado e eu tô focado pra conseguir minha vaga na elite. E com certeza eu vou conseguir.

Wesley competindo no QS em 2017 (Poullenot/WSL)

Veja também: WSL pode ficar sem eventos no Hawaii a partir de 2019

Crédito da foto de capa: Tony Heff/WSL

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